Terminei o último Nostálico
fazendo referência à cidade de Lviv na Ucrânia, e aos jogos de Portugal no
Euro2012 contra a Alemanha e Dinamarca.
Tal como sucedeu aquando das
presenças no Euro2008 na Suiça e no Mundial2010 na África do Sul, resolvi
partilhar convosco as experiências vividas nos dois países do antigo pacto de
Varsóvia, Polónia e Ucrânia.
Resolvemos deslocarmos para o
Euro2012 via Polónia, no caso Varsóvia, e dai partimos de imediato para a
Ucrânia, num táxi que nos levou à localidade de Tomaszow Lubelski, junto à
fronteira.
Chegados à referida localidade,
depois de passarmos por alguns supermercados da “Jerónimo Martins”, e de uma
série de obras com a sigla “Mota/Engil”, jantamos num local cheio de polacos
que assistiam ao 1ºjogo da sua seleção, contra a seleção que mais más
recordações nos deixa, a Grécia, esperando pelo autocarro que nos levaria para
Lviv.
De imediato, pela presença de
cachecóis e camisolas de Portugal, despertamos a curiosidade dos locais, e
entre fotos e trocas de cachecóis, terminamos a noite numa festa polaca, que
teve de ser interrompida para apanharmos o autocarro.
Passar a fronteira entre a
Polónia e a Ucrânia foi um momento muito caricato, porque fez-nos lembra o
teledisco “Nikita” do Elton John lançado nos anos 80…
Chegados a Lviv, deparamo-nos com
uma cidade tipicamente de leste nos seus subúrbios, mas apresentando no seu
centro histórico muitas semelhanças com uma qualquer cidade histórica alemã ou
do norte de Itália. A praça Rinok, o edifício da ópera, os soberbos edifícios,
as ruas estreitas de calçada e inúmeras esplanadas espalhadas pelo centro, para
não falar dos seus eléctricos tipicamente russos, fazem desta cidade a capital
da cultura ucraniana.
A cidade estava cheia de alemães,
mas os Portugueses também estavam em grande número, e mais uma vez se provou
que este ambiente de fases finais de futebol resulta numa grande festa em
qualquer parte do mundo.
Em Lviv, sofremos imenso com a
derrota de Portugal diante dos alemães, mas foi curioso verificar a surpresa e
o respeito dos alemães face ao bom jogo realizado pela Nossa Seleção.
Também se verificou a organização
algo atabalhoada dos ucranianos nos dias dos jogos, pela distância enorme que
os adeptos tiveram de fazer a pé para chegar ao estádio.
Entre o jogo contra a Alemanha e
o jogo contra a Dinamarca devo destacar a noite do 1ºjogo da Ucrânia contra a
Suécia, que assistimos no “Stargorod”, a cervejaria mais típica da cidade, e
que resultou numa festa Ucraniana/Portuguesa. Para além da tentativa de
esconder-me atrás dos postes para evitar o vodka que os ucranianos devoravam
após a vitória da sua seleção, foi interessante verificar que poucos povos como
o nosso fariam daquele momento uma confraternização tão especial, aliás
verificado “in loco” pelos jornalistas da SIC.
Ganhamos, com muito custo, à
Dinamarca, e nessa noite despedimo-nos de Lviv, fazendo o regresso a Varsóvia
de Comboio.
Varsóvia é uma cidade que poucas
semelhanças tem com o leste europeu, com excepção feita à torre imponente oferecida
por Estaline ao povo polaco.
Gostamos particularmente do seu
centro histórico junto ao rio Wisla, com praças enormes cheias de esplanadas, e
onde ainda se “sente” a presença do Papa João Paulo II nas capelas localizadas
nas ruas do referido centro.
Sobre o restante percurso da Nossa
Seleção neste Euro, espero que hoje mandemos a Républica Checa para casa, e que
a França surpreenda os “espanholitos”, para a ansiada vingança de 2000 e 2006,
quando os “franciús” nos afastaram da final!
Despeço-me à velocidade
necessária para que o Ronaldo e seus pares nos possam dar uma alegria neste
Europeu de futebol.
E, como os ucranianos diziam,
“Dyakuyu Lviv”, deixando um particular cumprimento para os meus companheiros de
viagem, Miguel Magalhães, Rui Afonso e Diogo Freire: “Borsch meus caros!”
Sem comentários:
Enviar um comentário