domingo, 18 de abril de 2010

O Nostálico26

Entre o final da década de 80 e o início da década de 90 era habitual a presença de nomes conhecidos da música Portuguesa no palco da Fatacil, feira realizada durante o mês de Agosto em Lagoa.
Ouvir ao vivo no referido certame nomes como os Sétima legião ou Xutos e Pontapés, era sem dúvida, à época, algo de espectacular, verificando-se uma enorme afluência da “malta” de Monchique aos concertos com a presença de grupos como os anteriormente referidos, ou mesmo os GNR (embora destes últimos a recordação de actuações ao vivo tenha mais a ver com um concerto na Trigonometria de Alvor em 1990, e o emblemático concerto em Alvalade dois anos depois), UHF (os tais que bateram recordes em Monchique, provavelmente após sucessivas provas da nossa saudável aguardente de medronho) e Rui Veloso.

Antes de fazer uma devida homenagem, resolvi introduzir o tema dos concertos ao vivo na Fatacil, porque em 1993, fiquei desgostoso ao assistir à despedida dos meus amigos, porque iam dirigir-se para um concerto ao vivo na Fatacil, enquanto eu tinha de ficar a trabalhar no Barlefante!
Os dois meses desse ano, Agosto e Setembro, em que trabalhei no Barlefante foram fantásticos! Retirando, talvez, o momento em que a responsabilidade falava mais alto, e não podia acompanhar os meus amigos, como o concerto em Lagoa.
Era um prazer trabalhar durante as tardes e noites daquele verão ao lado da Patricia e do José do Carmo, servindo amigos, conversando sobre diversos temas, e à imagem daquilo que eu pensava apenas ver em filmes e séries, como “Cheer’s, aquele bar!”, servir também para ouvir os desabafos dos clientes, e por vezes, os nossos próprios desabafos.

E presto assim homenagem ao Barlefante, por mais um aniversário na Páscoa, e por todos estes anos em que tem testemunhado diferentes gerações de jovens Monchiquenses, e não só, fazendo parte da história de cada um de nós.
O Barlefante é um ícone do nosso concelho, pela quantidade de histórias que aquelas paredes guardam.
Os meus parabéns pela longevidade do Barlefante e da importância que aquele espaço teve, tem e terá junto dos jovens do nosso concelho.

Para terminar, recordando a realização da final da Liga no Estádio do Algarve, será que a colocação de bancadas nos cantos, permitindo chegar a uma capacidade de 40.000 lugares sentados, seria muito desajustada, tendo em conta a candidatura ibérica à realização do Mundial de Futebol de 2018?
Para mim, a realização de jogos apenas em Lisboa e Porto, fará com que esse eventual evento passe a chamar-se “Mundial de Futebol 2018 Espanha” (com jogos no Porto e Lisboa, como se tratasse de uma prova de ciclismo, tipo Volta a França, onde os corredores passam por os países fronteiriços com França).
Obviamente que falando no Estádio do Algarve, tenho de falar na vitória do Glorioso Benfica sobre um clube da cidade do Porto na final da taça da liga por 3-0, e também da grandiosa exibição do meu clube em Marselha, contra a táctica do Deschamps e do árbitro!
Por falar em Porto, deixo-vos com uma sugestão:
- Na deslocação à cidade invicta, nada como complementar a visita à cidade com um excelente almoço ou jantar num restaurante mesmo em frente à estação de Campanhã, onde se comem os melhores filetes de pescada do mundo, “Casa do Aleixo”, curiosamente gerido por um grande Benfiquista daquela cidade.
Despeço-me a 50km/hora, porque está na época de MUDAR, e dentro das localidades devemos cumprir com o limite máximo de velocidade permitido.