segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Nostálico16

Tenho alguma dificuldade em introduzir um tema nesta edição de “O Nostálico” porque tenciono deixar na próxima edição a memória do titulo de vice-campeões distritais de Juniores pelo JDM, além de que não tenho neste momento muito apetite para falar de futebol, após as “espanholadas” do meu clube nesta época e de mais um titulo para o clube das Antas, o tal do apito dourado!
Que venha o Jesus (táctica, organização e bom futebol), ou até mesmo o Scolari (regresso da mística e grupo forte), mas que “betonem” finalmente a estrutura do futebol do Glorioso…

Na última edição, após referência a um evento do CNE no Convento, recordei-me das famosas epopeias dos bravos escuteiros de Monchique nas difíceis águas do Rio Arade, onde chegamos a vencer todos os outros agrupamentos, muito mais habituados a actividades marítimas e fluviais, numa célebre descida em jangada. Mas prefiro reservar este tema para uma próxima edição.

Assim, lembrei-me de alguns momentos eleitorais no nosso concelho, ao ter encontrado o cartão de eleitor, que habitualmente surge de quatro em quatro anos, mas que no ano corrente servirá para três diferentes eleições.
No próximo mês, votaremos para os representantes Nacionais no Parlamento Europeu, que têm aproveitado esta campanha essencialmente para discutir e criticar a situação politica Nacional!
Não posso deixar de destacar a presença do meu antigo Director na FIAT, Carlos Gomes, como cabeça de lista do MMS, que salientou no último debate televisivo a constante presença do mar na vida dos Portugueses, com realce para as descobertas e conquistas dos navegadores Portugueses há séculos atrás.
Dá-lhes Carlos!
Mais para o final do ano temos as eleições Legislativas e as “nossas” eleições, as autárquicas. Enfim, entramos num período que servirá para, em conjunto com a mal amada crise e o início da próxima temporada de futebol para despertar as nossas atenções.

Voltando a algumas recordações de momentos eleitorais vividos em Monchique…
Frequentava a escola de São Roque, quando durante o período de recreio, aproxima-se uma viatura de campanha da então APU (actual CDU). Logo nos dirigimos para a viatura solicitando os “habitués” autocolantes. Recebi um autocolante em pano que me deixou surpreendido pela diferença face aos autocolantes de papel dos outros partidos!
Passei a identificar o movimento com um símbolo idêntico ao das olimpíadas, pelo partido do autocolante de pano!

A presença em Monchique de Sá Carneiro com imensos populares junto do mirante, durante o período da AD, e de Mário Soares na campanha para as presidenciais de 1986 também me marcaram, reconhecendo que mesmo não simpatizando muito com este último, além de me ter parecido “demasiado” alto, demonstrou uma grande simpatia, apertando a mão a todos os populares, longe da malta da Marinha Grande e dando a alguns a razão do slogan “Soares é fixe!”.

Custou-me imenso o período em que enquanto participante no programa de tempos livres no verão de 1987, nos tenham solicitado que removêssemos os cartazes de uma campanha eleitoral colados no edifício dos autocarros no largo dos Chorões. Felizmente que criaram espaços próprios para o efeito, embora tivesse sido melhor o seu aparecimento antes do referido ano, evitando uma “trabalheira” tremenda!

Mantendo o assunto nas campanhas eleitorais, desta vez ligadas a associações estudantis, recordo-me de uma campanha para a eleição da associação de estudantes do antigo ciclo preparatório de Monchique situado no antigo “largo da feira”, actual parque de estacionamento, junto do Mirante. Lista A vs Lista B! Os potenciais eleitos tudo fizeram para ganhar a eleição, mas à pergunta: “Porque não votas na lista x, ligada ao Partido y?”, não gostaram da resposta: “Porque conheço melhor os elementos da lista w e deposito maior confiança neles!”.
Para quando o período em que os eleitores votarão nos mais competentes, com provas dadas nas vidas profissionais, associativas e pessoais? Em poucos casos, a situação acaba por convergir, mas são mais as excepções que a regra…

Tal como acredito que na próxima época o Benfica será campeão, também acredito que um dia não serão necessários microondas, nem falsas promessas, nem populismos excessivos para ganhar eleições. E é sempre aceitável, até para a realidade Monchiquense, um artigo à imagem da “boa e má moeda”, mas quem não prefere escrever sobre momentos do CNE e JDM?

Despeço-me a 80km/h, com a certeza da presença no “Here and Now” no Pavilhão Atlântico, onde muito provavelmente fecharei os olhos por momentos recordando-me das matines na “velhinha” Sociedade (Luis Pedro! Mete U2!)…