sábado, 2 de novembro de 2013

O Nostálico69


Neste Nostálico nº 69 não poderia deixar de fazer uma referência a um amigo e habitual leitor deste espaço, Hélder Dias, porque devido à sua total dedicação como baixista da banda “Flama”, não pode deixar, por agora, a sua marca neste espaço como bom escritor que é.

Sem nenhum tipo de explicação, sempre vi o Café Montanha como um símbolo do “CPU” Monchiquense, e poderia ser comparado, por exemplo ao Café “A Brasileira” em Lisboa ou ao “Majestic” no Porto. Não pelo aspecto interior, mas sim pela sua beleza exterior e pelo local central de Monchique onde se encontra.

Em meados da década de 80 recordo com prazer as festas de aniversário do meu amigo Rui Marques, vizinho na Rua Serpa Pinto, e companheiro na mais temível equipa de futebol de rua dessa data, e ainda colega de equipa de iniciados e juvenis no JDM (onde ele brilhava como guarda-redes e eu habitualmente aquecia o banco de suplentes), na escola em Monchique e na Rádio Fóia (Dos tempos em que “tiradas” como estas eram habituais: “Rádio Fóia, a Rádio mais alta de Monchique! Nã, nã, nã, nã, do Algarve!” ou “Boa tarde Srs. Telespectadores!”). Os seus pais geriam o Café Montanha e nós aproveitávamos para celebrar alguns dos seus aniversários num espaço muito agradável da nossa terra.

Até por isso foi inventada uma noticia num Jornal de Escola de 1987 sobre uma explosão originada pelo perigoso cientista “Henry Ervas” que tinha destruído parcialmente o “Café Montinhos”…

Enfim, tudo isto para lamentar o fecho deste espaço.

Sobre política nacional, melhor será não comentar últimos acontecimentos e esperar por melhores dias, uma vez que tudo espremido entre governo e oposições pouco sairá, e de nada vale escrever livros de aventuras surreais como o filósofo de Paris (este é o típico potencial dono de cães que mais provavelmente morde primeiro do que os seus amigos de quatro patas…), ou atitudes e comentários mal-educados do antigo Vice-Rei das Seychelles, actual caquéctico dono de uma fundação muito “necessária” a Portugal, porque o futuro está reservado a outras personagens como o actual Presidente da CM Lisboa ou melhor, ao anterior Presidente da CM do Porto.

Para terminar, e por falar em caquécticos, os desejos para que o presidente da FIFA venha rapidamente a Portugal para levar com uns ovos podres em cima, que o Ronaldo responda a este velho com golos no Real Madrid e principalmente na Nossa Seleção, desde já contra a Suécia no Play-off para o mundial no Brasil. Sobre o Glorioso SLB não falo até à saída do seu pseudo-treinador.

Como dizem por “aqui”: Hasta la próxima…

O Nostálico68


Uma curta estadia em Monchique serve essencialmente para recuperar as forças e para reencontrar velhos amigos.

Além dos motivos óbvios de fazer parte de uma campanha eleitoral, o prazer de percorrer os cantos do nosso concelho e falar com os seus habitantes é algo que ultrapassa as lutas político-partidárias, sinceramente.

Durante a infância e juventude, na companhia do meu Pai, percorri quase todos os caminhos e “carrileiras” do nosso concelho e é interessante continuar a verificar as diferenças existentes nos diversos locais e lugares. Quando se percorre o Selão parece que estamos num local mais semelhante com o “nosso” Alentejo (Sabóia, Nave Redonda), e vêm ao de cima as memórias de grandes acampamentos do CNE e de grandes mergulhos nos “pegos” da sua ribeira.

Percorrendo as Romeiras e a Laranjeira parece, e é, o barrocal algarvio, faltando apenas ouvir os motores, no caso do 1ºlocal, quando um dia, espero eu, possa ser realizada no autódromo internacional do Algarve uma prova de Fórmula 1.

Enfim, a diversidade de lugares e locais existentes no nosso concelho ainda mais enriquecem Monchique, fazendo deste aprazível lugar um daqueles que os americanos costumam designar como um dos melhores lugares para visitar antes de morrer…

Tal como esperava, as últimas eleições autárquicas demonstraram uma clara desmotivação dos Portugueses em relação aos partidos e políticos, pela forte abstenção e pela subida de votos nas candidaturas independentes, em alguns casos traduzidos em claras vitórias como no Porto, um bom exemplo. No entanto, também existiram maus exemplos, como em Oeiras, onde os eleitores foram comemorar a vitória junto à prisão…

Para terminar, uma última referência ao futebol, e às recentes inaugurações do Museu Nacional do Benfica no novo estádio de Luz, e do Museu Local do Porto no novo estádio das Antas.

Despeço-me até à próxima com a ajuda de alguns sopros de vento do Outono.

O Nostálico67


Muito poderia escrever nesta edição do Nostálico sobre as próximas eleições autárquicas em Monchique mas como aceitei integrar uma lista de candidatos às mesmas, e para que não seja mal interpretado, prefiro passar à frente neste tema.

Mas, não sem antes comentar neste espaço algo que pode comprometer o peso e a influência dos partidos nas escolhas a nível local. Excepção feita à margem sul do rio Tejo e ao Alentejo, a maioria das câmaras municipais é liderada por elementos dos dois maiores partidos Portugueses. Neste “defeso” muitas são as candidaturas impostas pelas lideranças nacionais e regionais desses partidos, e por vezes algumas pessoas das estruturas locais optam por apresentar candidaturas independentes, veja-se o caso de Sintra.

No entanto, aquilo que quero partilhar convosco é o caso do concelho da Guarda.

O PSD impôs a candidatura do ainda presidente da câmara de Gouveia e o PS, dividido em duas facções, viu o nº dois na autarquia perder as eleições para a estrutura local. Este último, reunido com o anterior líder da secção do PSD da Guarda, que se tinha manifestado contra a imposição das estruturas nacionais e regionais, decidiram apresentar uma candidatura independente, em que um é o candidato à CM e o outro candidato a 1º vereador. E, curiosamente, ou não, esta candidatura apresenta sérias condições para ganhar as eleições.

Um sério aviso para o futuro!

E para terminar o tema das eleições autárquicas, não consigo entender os casos de candidaturas conectadas com casos de corrupção, e a forma como em quase todos esses casos, as mesmas são aceites pela população. Ou melhor, até julgo saber, mas talvez seja melhor não parecer ofensivo com a minha ideia. A candidatura do Isaltino Morais à Assembleia Municipal de Oeiras, o regresso do Avelino F Torres e os “novos rumos” fazem parte de um conjunto que há muito perdeu uma palavra muito importante, a vergonha…

Durante as minhas férias este ano em Monchique, onde após algumas paragens por diferentes locais aprazíveis do nosso País, decidi conclui-las, porque nada como o melhor dos melhores locais para terminar as nossas férias, lembrei-me da importância dos bombeiros voluntários de Monchique, dos famosos bailes no antigo quartel no Largos dos Chorões e da imponente “Baribi”. Estes verdadeiros heróis merecem tudo e mais alguma coisa, e são eles o único garante daquela que este espaço considerou há umas edições atrás como a maior maravilha do nosso concelho, a Floresta!

Por merecerem tudo, para quando uma discussão séria sobre a necessidade de profissionalizar estes “soldados da paz”?

Como não me apetece falar de “Jesus”, apenas, e para terminar, merece a pena comentar convosco que gostei de ver não a forma como o Vitória de Setúbal foi “roubado” na 1ªjornada da 1ªliga de futebol, no jogo contra o clube das Antas, mas uma grande quantidade de sócios setubalenses a acenar com notas de 20€ para a “neta” brasileira do Ex-arguido do apito dourado. Até à próxima.

O Nostálico66


Existem locais que ficam conhecidos para sempre pela sua primeira designação. Vejam-se os exemplos Nacionais do Terreiro do Paço, Pavilhão Atlântico e Estádio das Antas.

Poucos os designam como Praça do Comércio, Arena Meo ou Estádio Bruce Lee!

Também em Monchique ainda hoje existem pessoas que se referem ao largo em frente ao mirante como “Largo da Feira”. Temos também a “Quinta da Vila” e a “Praça do Peixe”.

E o melhor exemplo, o eterno Largo dos Chorões!

Esta introdução deve-se ao facto de ter visitado a “Feira do Presunto” e o “Festival do Medronho” do corrente ano na…

…”Serração”!

Qualquer que seja o futuro daquele espaço, espero sinceramente que ninguém refira no futuro:

“Vais ao concerto dos Depeche Mode na Serração?”

Ou,

“Quanto custam os bilhetes para ver a final do campeonato de Futsal entre o Glorioso SLB e o Sporting na Serração?”

Da serração, guardo na memória o seu período áureo durante os idos anos 80, e de algumas ripas que recolhíamos no local para fazermos as temíveis armas de arremesso de caricas.

Mas, devo confessar que fiquei bastante renitente em relação à decisão da utilização daquele espaço para a realização destes eventos e foi com alguma espectativa que me dirigi este ano ao evento atrás referido.

Sou franco, fui crítico no ano transacto em relação a esta decisão mas não pude avaliar a mesma há um ano atrás porque não tive possibilidade de visitar a feira do presunto e o primeiro festival do medronho.

Confesso que adorei o espaço e a disposição dos stands, principalmente por aparentemente se tratar de um espaço, também ele coberto numa determinada área, que protege melhor os produtos expostos numa época em que o calor marca a sua presença.

Muito bom ambiente, boa animação e sempre mais uma possibilidade de voltar a ver amigos de sempre. E obviamente, o sempre apetecível presunto da nossa terra!

Como está na moda, faço birra, e não vou comentar as mais recentes telenovelas da política Portuguesa, tal como em relação ao futebol Nacional, depois da quase “tripleta” do Jesus na temporada passada.

Despeço-me a 80km/hora a contar os dias para mais umas semanas de férias em Monchique.

O Nostálico65


E se “Orson Welles” regressasse ao mundo dos vivos e anunciasse, tal como nos idos anos 30 do século passado, que estávamos a ser invadidos por extraterrestres? Será que alguém acreditava?

Não tenho resposta para esta questão, depois da “invasão” de notícias e acontecimentos dos últimos tempos!

A crise económica mundial, a revolta da população no Brasil e na Turquia por razões aparentemente simples, a falha na placa tectónica no oceano atlântico, a guerra na Síria e a presumível utilização de armas químicas, a “guerra-fria” coreana, a contínua instabilidade no Iraque e Afeganistão, a reunião do G8 num campo de golfe da Irlanda do Norte, a previsão do verão mais frio dos últimos 200 anos, o bluff Hollande, a existência de “Mários” neste Pais (Soares e Nogueira, quem chama palhaço ao “outro”, imagine-se o que pode chamar a este dois?), a prova comprovada de total incompetência na gestão deste Pais durante seis anos da mais requintada filosofia socratiana, a gestão actual de Gaspar e respectiva bênção da ex-nudista alemã, a oposição “segura” que esta maioria “não merece”, a visita “madura” do presidente venezuelano a Portugal, a presença assídua da PJ nos municípios de Monchique e Portimão (a bem ou mal que tragam resultados!), as recentes contratações sérvias do Benfica e a continuidade do seu treinador, a belenização do Sporting e a liberdade inaceitável do ex-arguido presidente do clube das Antas são mais do que motivos para que Orson Welles possa declarar novamente a chegada da “Guerra dos Mundos”…

De Monchique registo duas noticias particularmente interessantes:

A candidatura independente à Câmara Municipal de Monchique e o anúncio do actual Presidente da Câmara sobre o repovoamento de Monchique com um aumento de 10% dos habitantes numa década.

Sobre a 1ª notícia devo confessar que me agrada bastante este tipo de iniciativas e só tenho pena que não tenha surgido há 20 anos atrás, quando um grupo de jovens de Monchique se propunha através da “Pua” em inverter o rumo que o concelho levava. Faltou o principal, maturidade! Espero que esta candidatura sirva principalmente para discutir o futuro do nosso concelho, juntamente com as já anunciadas candidaturas do PSD e PS, e não para se centrar na avaliação do actual executivo, porque nesse caso, todos serão obrigados a olhar ainda mais para trás, e acabam por cair todos no mesmo “saco”…Apenas um conselho para bem deste concelho…

A 2ª notícia deixa-me também satisfeito, até pelo carácter audaz da mesma. Haja saúde para todos avaliarmos o seu resultado no período anunciado. Aliás, como ponto de partida para todas as candidaturas à Câmara Municipal nas eleições deste ano, sugiro que de uma forma credível sejam apresentadas soluções e propostas que possam conduzir, para bem de todos, à concretização deste objectivo.

Despeço-me a 80km/hora com vontade que chegue o concerto dos Depeche Mode em Lisboa, que grande furor faziam com as suas músicas nas matinés da Sociedade nos anos 80 em Monchique. “Enjoy the Silence” e principalmente “Policy of Truth”…

O Nostálico64


Evidentemente que nesta edição do Nostálico, não farei nenhuma referência ao futebol, até porque não consigo esquecer-me da letra de uma canção antiga, que ouvia em criança:

“Indo eu, indo eu, a caminho de Viseu,

(NÃO) encontrei o meu “amor”,

Ai JESUS que lá vou eu…”

Espero no entanto que à terceira seja de vez! Sem 92º minuto, e com a taça de Portugal bem longe da pátria da nossa nação.

Na semana passada, durante uma reunião de trabalho, ficou decidido que teríamos de implementar um programa na Turquia, na cidade de Istambul, e sobre este tema alguém comentou que esta era a maior cidade da Europa em população.

Fiquei curioso, porque esperava que esse ranking fosse ainda liderado por Londres ou Paris, e numa rápida consulta à Internet constatei que de facto, Istambul lidera a classificação das maiores cidades da Europa. Não pude deixar de voltar a confirmar que a 2ªmaior cidade do mundo com Portugueses é Paris, e que as cidades do litoral Português continuam a crescer, e o interior a decrescer…

Por último, voltei a olhar para os números de Monchique. Verdade que tal como referi no parágrafo anterior, existe um êxodo rural na maioria do espaço Nacional mas, quantos concelhos têm a vantagem de estar a menos de 30 minutos do litoral, e detentores de inúmeros recursos naturais, como é o nosso caso?

A população de Monchique nos anos 60 atingiu os 15.000 habitantes, no início da década de 80 tinha cerca de 10.000 habitantes e no início dos anos 90 cerca de 7.500 habitantes.

Hoje em dia serão decerto menos de 6.000 habitantes! Isto faz-me lembrar uma empresa que quis manter com toda a força a estratégia da mesma administração durante anos a fio, e no final, após período de pré-falência, alguém se lembrou a cantar a mesma música que nós, Benfiquistas, cantamos recentemente…

Deitar a toalha ao chão? Obviamente que não! Mas, se no início da década de noventa, existia a convicção de que o concelho tinha de apostar naquilo em que era realmente bom: Floresta, Sienito, Suinicultura/Enchidos, Agricultura e Turismo. Hoje, talvez seja um pouco tarde para isso, e dai a necessidade de uma boa dose de criatividade, como algumas medidas que têm sido implementadas nos últimos anos. Ainda assim, poderá pecar por escasso e com atrasos bastante penalizadores.

Espero sinceramente voltar a escrever no Nostálico nº 200, por exemplo, com o suporte de dados fiáveis, que Monchique voltou a crescer! E se não é pedir muito, que nessa data nos possamos lembrar pouco da má “filosofia” do Sócrates, da “troika” e dos seus pupilos Gaspar e Coelho, da “insegura” má oposição e dos títulos conquistados pela equipa do apito dourado, essa equipa do bairro das Antas do Porto!

Porto! Onde tudo não é mau. Veja-se as qualidades de gestão do presidente da CMP, Rui Rio. Talvez um nome que daria bastante jeito hoje em dia à frente dos destinos deste Pais.

Despeço-me a 10.000/hora, como era o número da população de Monchique nos idos anos 80…

O Nostálico63


Quando chegamos à Catalunha e ouvimos:

“Bom dia!”

Julgamos tratar-se de um ato de simpatia por parte deste povo que nada gosta de Castela, e que de alguma forma se questiona porque não conseguiram eles a independência dos castelhanos e fomos nós, Portugueses a consegui-lo!

Mas não, trata-se apenas de uma palavra igual à nossa, muito distante do castelhano “Buenos Dias”…

Historicamente é enervante como se “deixa cair” o 1 de Dezembro, e mantém-se o 5 de Outubro ou o 25 de Abril…É a minha opinião, e nada mais. Grandes Restauradores, e que grandes voltas dão hoje no seu túmulo por verem a fraca qualidade de quem nos dirigiu e quem nos dirige! Que fraca qualidade!

“Só Ares de alguém Sam Paio que viu um Coelho Durão brincar com um Cavaco Gu Gu (terres) ao perceber que nada poderia superar as opiniões Socraticas! Seguro? Deus nos livre…”

Nem mesmo Cristóvão Colombo decerto se importará de ter decidido inventar a sua própria história, tornando-se Italiano…Lembrou-se das origens ao designar a maior ilha das Caraibas, com o nome da sua terra alentejana, Cuba!

Sempre gostei de tratar bem os “foreigners”, e não me esqueço de fazer parte de um pequeno núcleo de alunos que acolheu nos anos de 1982 e 1983 os “foreigners” “Helton” e “Aragon” no ciclo preparatório de Monchique, nos pavilhões situados no antigo largo da feira, em frente ao Mirante, onde hoje de situa o “elefante branco” do parque de estacionamento. Achei piada ao facto de eles trazerem como farnel um pão escuro, e não achei nada simpático um Monchiquense poder passar por algo do género num pais distante. Só um pais rico como a Alemanha se dá ao luxo de ser este um dos temas mais actuais…Parece alguém nos idos anos noventa que dizia: “Não nos podemos dar ao luxo de ter uma equipa de luxo!”

Enfim, nada como manterem o Rally de Portugal no local mais maravilhoso de Portugal, com segurança e qualidade em receber quem nos visita, ter a sorte de assistir ao 2ºgolo do SLBenfica ante de um clube do meio da tabela, e esperar que a visita às Antas não seja mais do que um jogo de golfe.

E já agora, uma “tripleta” faria tão bem ao ego de dois terços dos Portugueses! Vamos a ver se ganhamos ao Maritimo no Funchal, ao Estoril e ao clube da fruta no bairro das Antas. Ao Guimarães no Jamor e na final da Liga Europa em Amesterdão…

Até ao próximo Nostálico, Adeu.