domingo, 29 de novembro de 2009

O Nostálico21

O Nostálico esmiúça os sufrágios em Monchique parte 1 e meio!

E assim se fecharam os ciclos eleitorais em Monchique, iniciados com as eleições europeias, passando pelas legislativas (O “porreiro pá!” passou agora a “concordas com o porreiro, pá?”) e terminando com as autárquicas, que resultaram na eleição de um novo Presidente da Câmara de Monchique.
Além desta estrondosa novidade, destaco a massiva participação dos eleitores Monchiquenses, que legitimam ainda mais os resultados, a não eleição da nossa conterrânea candidata do CDS como vereadora, a divisão dos diferentes órgãos pelos dois principais partidos, e que no final, tal como destaquei no último “esmiuçar”, ganhe efectivamente Monchique, que é decerto aquilo que todos pretendemos, independentemente da lista em que votamos naquele Domingo de “verão”, nas mesas de voto em Monchique, Marmelete e Alferce.

Mas passemos à verdadeira razão de existência deste pequeno espaço no JM:
- Diversão!
Ou seja, eu próprio procuro divertir-me quando escrevo estes textos, e como nestas últimas semanas tenho “enchido a barriga a rir” com o programa dos Gato Fedorento e com as fabulosas entrevistas aos “cromos” da politica nacional, imaginei em todos esses programas algo do género com os políticos locais.

O 1º programa contaria com a presença do Presidente da Câmara, que também utilizaria o argumento de que os filhos bem o tinham avisado que era melhor aturar os vereadores da oposição e as sessões na assembleia municipal.
Noutro programa um antigo Presidente não teria necessidade de se justificar, como Mário Soares, de ter recebido um beijo de um homem na sua visita a Sintra, nem da forma como teria perdido uma eleição, porque não saberia responder!
3ªsessão – O(a) presidente de uma junta de freguesia convidar-me-ia para provedor do cliente, e finalmente proporia o túnel que resolveria de uma vez por todas, e de uma só vez, um outro acesso a Monchique, à Fóia, a Portimão, e já agora, se não é pedir muito, à Picota. Obviamente que não podia comparar o Santana Lopes ao Presidente da Câmara, porque após isso, teria de comparar o nosso 1º, Sr. Engenheiro, a quem?
Na penúltima sessão estariam presentes, frente a frente, o presidente da assembleia municipal e o líder da bancada da oposição, que também iriam tentar passar por engraçadinhos, sem nunca disfarçar uma rivalidade evidente.
Por último, a presença do director do JM, do director da Rádio Fóia e da Televisão Independente de Monchique (se existe o Porto Canal, por acaso com a direcção de um antigo candidato à presidência do Glorioso SLB, porque não uma televisão em Monchique?), que falariam nas experiências vividas nos debates fratricidas dos diversos candidatos do passado à Câmara Municipal.

Portugal passou à fase do “Play-off” no acesso ao campeonato do mundo de futebol de 2010 na África do Sul, e agora, vem o dilema de assistir ao Portugal-Bósnia na Catedral da Luz, no dia 14 de Novembro, ou cumprir o sonho de ver ao vivo a banda que marcou uma geração, Depeche Mode, que tantos momentos altos provocou nas matines da “Sociedade” em Monchique, com músicas como “Enjoy the Silence”, “Just can’t get enough” e “Personal Jesus”!
Com alguma sorte, dará para cumprir os dois…
Até à próxima e, não se esqueçam, Monchique, Sempre!

Humberto Sério

P.S. – Tenho de reconhecer que após o 3ºgolo do Benfica ao Everton, resolvi não me sentar porque imaginava que passados 2 minutos estaria a comemorar outro golo! E assim foi num final de tarde glorioso no maior estádio de Portugal!

domingo, 25 de outubro de 2009

O Nostálico20

O Nostálico esmiúça os sufrágios em Monchique!

Estaria de certeza mais à vontade ao plagiar o programa televisivo dos Gato Fedorento há quatro anos atrás, mas as eleições em Monchique merecem ser esmiuçadas, sem nunca perder a possibilidade de recordar os gloriosos anos 80 e 90…

Aproxima-se o momento da verdade! Estará o actual Presidente da Câmara confiante na vitória que o conduzirá para o seu último mandato como Presidente da Câmara de Monchique? Será o Rui André e a sua equipa a terminar com o ciclo de vitórias autárquicas socialistas desde 1982? A surpresa virá da lista encabeçada pelo José Matias Francisco? Teremos a nossa “conterrânea” Ana Paula Santos como vereadora nos próximos quatro anos? Conseguirá o Bloco de Esquerda um resultado próximo dos dois Partidos com mais votos nas últimas eleições em Monchique? Ah! Não há lista do Bloco para as autárquicas em Monchique! Caso tivesse aparecido, talvez funcionasse como a lista do CDS em 1982! Ou talvez não, dada a presença da lista do MEP. Ooops! Também não apareceu…

Antes do momento autárquico, tivemos as eleições legislativas, que podem ter servido como um “aquecimento” para as “nossas” eleições! No entanto, para as referidas legislativas, tal como sucedeu nas Europeias, as verdadeiras surpresas nos votos acabaram por chegar do partido de Francisco Louçã e pelo de Paulo Portas, mesmo em Monchique! Para não falar no melhor resultado do Algarve, registado no nosso concelho, em termos de abstenção, o que pode indiciar uma forte afluência ás urnas no próximo dia 11 de Outubro, que legitimará ainda mais os resultados apurados.

Serão de certeza duas semanas de verdadeira disputa eleitoral, ainda para mais, quando ela acontece num concelho em que “toda a gente” se conhece, onde se encontram amigos e família dos diferentes lados da “barricada”.
O movimento que se verificará junto do quartel dos bombeiros, nos dias da votação, será tudo, menos a 80km/hora, salvo se voltássemos aos gloriosos anos 80, e a votação se dividisse pelos edifícios da Câmara Municipal, da Casa do Povo e da Junta de Freguesia (onde eu votei pela 1ªvez, no “longínquo” ano de 1991 para as eleições presidenciais).

No desporto, como são os casos da fórmula 1 e do futebol, as equipas são penalizadas quando agem incorrectamente, e quando o “fair-play” é ignorado (ou pelo menos assim deveria ser!). Ora, na política, deveria existir algo semelhante que penalizasse os políticos incumpridores.
Ou seja, nas promessas eleitorais não cumpridas, deveria ser retirado no resultado eleitoral uma percentagem de votos.
Chateia-me imenso a utilização “barata” de promessas eleitorais que depois não são cumpridas durante os mandatos, utilizando-se geralmente os “artifícios” da desculpa com “qualquer coisa”!
Ainda hoje me recordo do inicio dos anos 90 em que me deslocava habitualmente a Monchique numa estrada nacional sem condições, num período em que o primeiro ministro, algarvio e actual presidente da republica, com duas maiorias absolutas, nada fez relativamente à auto-estrada que apenas ficou finalizada pós-Expo98 de Lisboa, quando já tinham sido acumuladas horas e horas de trânsito no sempre bonito Alentejo, desde que explorado de uma forma diferente da permanência excessiva no trânsito!

Quando na actividade empresarial se discute um orçamento no inicio de um período, é sobre o mesmo que se avaliam no final os resultados da sua aplicação, e caso não se atinjam os resultados acordados, podendo os mesmos ser revistos periodicamente, garanto-vos que não são aceites qualquer tipo de desculpas, e assim devia ser na politica local e nacional!

Como diz o “Gato”: - “Ah! E tal, e coiso!”;
- “Ah! E tal, e coiso! Nada!”

Prometem? Cumpram! Nada mais é pedido a quem é eleito por quem elege…
Digo eu!

Boa e esclarecedora campanha, bom acto eleitoral, que Portugal vença a Hungria no sábado que antecede as eleições autárquicas, e que no fim seja Monchique efectivamente a ganhar, são os desejos de quem anda há 20 edições no JM a 80km/h…

P.S. (ou D) – Como diz o “outro”: Porque vês os jogos do Benfica, se ganha sempre?
- Para ver por quantos…
Ah! E parabéns ao Clube do Porto pelos seus 103 anos (sim, 116 anos só mesmo na cabeça do Pinto da Costa e do Topo Gigio! Que vergonha!)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Nostálico19

Enfim, mais umas férias de verão que passaram, segundo alguns com muitos “disparates”, e segundo outros, ou os mesmos, com uma esperada tendência para o fim da crise!
Sobre a crise recordo-me do velho termo: “O algodão não engana!”
Que também fica bem com: “Não me atires areia para os olhos!”

Em Monchique, quase tudo na mesma, com uma renovada e esperada abertura da “Nora”, permitindo a todos os locais e visitantes, melhor desfrutar do nosso “Rossio”.
Os Buraka Som Sistema a abrir a porta para a potencial vinda dos Black Eyed Peas a Monchique no próximo ano, e a constatação que se apagou a luz no Convento, porque “amuou”, e resolveu virar, definitivamente, ou não, as costas à Vila.

Como já tinha escrito na última edição do Nostálico, há mais de vinte anos, seis elementos do Corpo Nacional de Escutas de Monchique, deixaram a sua marca numa descida do Rio Arade em Jangada, ao terminar essa fantástica jornada em 1ºlugar da sua classe, e em 2ºlugar da geral, “batendo o pé” à malta do litoral, que nunca contariam com o “baile” valente que a equipa Águia do agrupamento 366 lhes deu.

Quem não se recorda dos famosos livros de Isabel Alçada, “Uma aventura na…”?
Pois, penso que (como diz o Cristiano Ronaldo) as epopeias desta malta deviam dar origem a um livro, começando exactamente pelo titulo:
- Uma aventura no Arade!
Capítulos:
- Construção da Jangada (O nó de Porco, a supervisão do aventureiro Português Serpa Pinto e os bidões milagrosos do Águas);
- Na barragem da Ribeira das Canas (afinal, a jangada funciona!);
- Ulisses Alves, o herói do grupo, aparece no Porto de Lagos depois de terminada mais uma viagem bem regada de aventuras;
- As fantásticas sapatilhas “RébóK” desaparecidas em Silves e o descanso do herói;
- Ulisses trava uma batalha de vida ou morte no Rio com um crocodilo, e perde a faca de mato do “pequeno sobreiro”;
- Onde está a cenoura? Rema!
- Chegada vitoriosa à Vila Nova de Portimão (provavelmente é para esta cidade que fugiu a “Luz” do Convento!).

Depois do sucesso deste presumível livro, outros sairiam, tais como:
- Uma aventura na Marioila;
- Uma aventura no Cansino;
- Uma aventura no Barranco do Demo (ou da Lerpa!);
- Várias aventuras no Selão.

Aliás, se Uderzo ler este texto (por alguma razão não sai “Astérix e os Lusitanos”!), talvez escreva o próximo livro de Astérix (“Astérix em Mons Cicus”), com uma aventura passada com os bravos resistentes da aldeia Mons Cicus, cercada pelos “romanos” de Porto à Mão, Silves, Lagos, Aljezur e Odemira.

Para terminar, uma última referência ao início da 1ªliga de futebol, com dificuldades acrescidas para o Glorioso Benfica, dado que para além dos jogos com o clube do apito dourado, ainda tem de medir forças com as duas filiais deste clube, Olhanense e Braga.
Este ano, a disputa entre os três grandes do futebol Português está abençoada, não tivesse o Benfica “um” Jesus, o Sporting “um” Bento e o Clube do Porto “um”…
Já me esquecia, este último, na sequência de algo imaginário como é um dragão, aparece agora com banda desenhada, Hulk (homens invisíveis já por lá passaram…)!

Até à próxima.

O Nostálico18

Sou Benfiquista, como diz a música:
“Com muito orgulho, com muito amor!”
Mas se no tempo de João Vale e Azevedo, em quem eu, graças a Deus, nunca votei, os deputados Benfiquistas do nosso Parlamento, o recebessem para um almoço de confraternização, eu seria o primeiro a contestar tal decisão e a chamar esses deputados de…
Nem vos digo!
No entanto, agora, os senhores deputados (de todos os Partidos, provavelmente até do agora famoso bloco de esquerda!) adeptos de um clube de bairro da cidade do Porto, resolveram convidar o seu Presidente, que se manteve calado durante alguns anos, graças à sua qualidade de arguido no processo “apito dourado”, onde não foi condenado, porque as escutas telefónicas não foram consideradas como prova para as suspeitas de corrupção no futebol Português (mas que existiu, existiu!), para uma “almoçarada” numa das Instituições mais importantes do nosso Estado de Direito!
Será que estavam bêbados? Será que gostam da mesma “fruta” dos árbitros corruptos?
Ou também receberam viagens ao Brasil?
Ou então, apenas pecaram por não convidarem para tão “normal” repasto os Presidentes de Câmara de Gondomar e Felgueiras, o Vale e Azevedo, o Oliveira e Costa, o homem do fax de Macau, o Bibi e o Otelo Saraiva de Carvalho!!!!
Quem não se recorda da famosa visita do Papa do Clube das Antas e da sua namoradinha ao Vaticano, para serem recebidos pelo Papa João Paulo II?

Vivemos no período do politicamente correcto em que não devemos afectar a sensibilidade de ninguém. Mas, se misturado com um pouco de coerência, de bom senso e uma boa dose da pragmatismo, então que se coloque o politicamente correcto num plano secundário, onde normalmente nunca anda, para que se comente imparcialmente estas situações!

Obviamente que admito não morrer de amores pelo Clube das Antas e por Espanha, mas isso não quer dizer que os adeptos desse clube não sejam mais anti-Benfiquistas do que adeptos do seu próprio clube (mesmo que um dia consigam superar o número de títulos do maior clube do mundo, ainda assim continuarão a alimentar esse sentimento!), e que os Espanhóis não continuem a dizer (em privado), que somos um Pais independente porque, no período dos Filipes, preferiram acorrer ao levantamento de autonomia na Catalunha, “permitindo” o sucesso do movimento da Restauração em Portugal!

Bem, e com esta introdução, perdi uma boa oportunidade para escrever sobre a epopeia dos escuteiros de Monchique nas bravas águas do rio Arade, “montados” em robustas Jangadas à conquista da baixa Portimonense…
Fica para a próxima!

Aproveitando o facto de ter referenciado o Parlamento Nacional, imaginem o que seria na assembleia municipal em Monchique, e nas assembleias das três freguesias, a presença de alguns “cromos” para almoçaradas com os deputados municipais!
Aliás, seria algo completamente novo, que também permitiria decerto dar a conhecer à população a actividade dos seus deputados, as suas ideias e a sua defesa intransigente pelo melhor para a sua terra! Bem, mas para isso não seriam necessárias almoçaradas nem a presença de cromos, bastando alimentar a nossa imaginação.
Na minha opinião, as assembleias municipais e de freguesia, na generalidade dos concelhos em Portugal, são muito “escondidas”, muito “cinzentas”, e se há uns anos atrás, mais precisamente, em 2001, numa sessão da assembleia municipal em Monchique, ouvi o Presidente da Câmara, realçar, e muito bem, que todos os slogans políticos para a campanha eleitoral nas eleições autárquicas realizadas nesse ano, revelaram mensagens pró-Monchique, como a “habitué”: “Por Monchique!”, nada como acções inovadoras que dêem a conhecer a actividade, o que pensam e o que defendem os representantes dos cidadãos!
Muitos poderão dizer que não tem interesse, ou que “tenho mais do que fazer”, mas nada como tentativas para que “o sonho comande, efectivamente, a vida”, porque se este tipo de instituições é mais conhecido pelos “pares de chifres”, pelas faltas e “soninhos” dos deputados, então que também sejam dadas a conhecer à população acções quer visem o habitué:
“Por Monchique!”
E caso eu, muito humildemente, pudesse indagar de algo completamente novo, decerto que não proporia um almoço com o Presidente do Glorioso SLB, com glórias do maior clube Português e com o seu Director Desportivo…
Que não deixa de ser uma excelente ideia, mas fora do âmbito das instituições referidas.
Talvez um dia, aquando da inauguração da Casa do Glorioso SLB no Concelho de Monchique!

Para terminar, tendo em consideração o objectivo deste espaço em referenciar sempre que possível, os “loucos” anos 80 em Monchique, devo confessar que o recente falecimento de Michael Jackson, de quem nunca fui grande fã, mas de quem tenho de reconhecer que se tratou de um ícone da música Pop mundial, me fez recordar um programa na Rádio Fóia, da minha autoria e do Marco Águas, em 1988, denominado “Brisa Nocturna”, com a presença habitual de uma música de MJ, muitas vezes também utilizada para o sempre esperado momento de “slows” nas matines da Sociedade, no Clube e no salão do Sr. Padre, “Human Nature”!
Despeço-me com um trecho dessa música:
“If this town Is just an apple Then let me take a bite”

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Nostálico17

Conforme avancei na última edição, e após descoberta da foto publicada, resolvi dedicar esta edição de “O Nostálico” à “famosa” equipa de Juniores do Juventude Desportiva Monchiquense (a potencial futura filial do Inter de Milão, não é amigo Victor?), que se classificou na temporada de 1988/89, em 2ºlugar no campeonato distrital.
Ou melhor, VICE-CAMPEÕES distritais!

Em cima, da esquerda para a direita: Humberto Sério, Cesário, Nélson Páscoa, Luis, Carlos Gervásio, Jorge, António Albino e Filipe Rocha. Em baixo, João Carvalho, João Patrício, Marco Amorim, Paulo, Luis Silva, Rui Nunes e Rui Rosa.

Se o meu amigo e ex-colega Sr. Raul Amado designou, na última edição do JM, os seus companheiros de equipa como meninos, eu tomo a liberdade de vos confidenciar que ao olhar para a foto, também comparei carinhosamente este excelente grupo ao filme “Doze indomáveis patifes”! Neste caso, quinze, a quem endereço desde já um saudoso abraço.
Quiçá um dia possamos de novo reunir estes “cromos” num jantar (para um jogo de futebol será difícil, porque se naquela época os meus reduzidos dotes futebolísticos eram colmatados por uma condição física normal, actualmente não me parece uma boa ideia!), à imagem do almoço de despedida dessa temporada na Bica Boa promovido pela direcção do Carlos Perpétuo (a quem também muito se ficou a dever por toda a dinâmica do clube nesses anos).

Na foto apenas falta o glorioso representante do Alferce, Rui Dias, neste plantel que apenas não se sagrou campeão distrital, porque um árbitro de nome “Guidinha”, julgo eu, se lembrou a dar uma “pequena” ajuda à equipa do Montes de Alvor, quando ao intervalo vencíamos por 2 a 0, “deixando” a referida equipa chegar ao empate mesmo ao “cair do pano”, provocando um enorme desgosto nas nossas hostes!
Acreditem que foi um roubo ao nível dos melhores a que um presidente de um clube regional nos habituou, principalmente na década de 90!
É verdade que no ano seguinte, a equipa de juniores do JDM sagrou-se campeã distrital, mas tal como o Director Desportivo do Benfica, Rui Costa, costuma destacar a selecção Nacional que chegou às meias-finais do Europeu em 2000, contrariando o destaque à selecção de Scolari que deixou fugir o titulo em 2004, também eu destaco a equipa na foto que, sob o comando do Prof. Hélder Carneiro, conseguiu “bater o pé” a equipas como o Messinense, Armacenenses e Ginásio de Tavira.
Os jogos ao domingo de manhã no pelado do “Descansa Pernas” (depois de algumas noites de sábado em que tínhamos de esconder do Treinador, nos bailes dos BVM) e as digressões no velhinho autocarro da Câmara, a cantar muitas vezes as músicas do “menino Carlinhos” (Grande Gervásio!), foram sem dúvida exemplos de um período gratificante no seio de uma equipa que começou a ser construída nos iniciados, pelo Jorge Vila.

Os treinos à noite, durante a semana, eram sempre recheados de bons momentos, quer a nível de futebol jogado, quer a nível de episódios caricatos, tais como quando se apagaram os holofotes numa noite de inverno, na qual um dos brilhantes futebolistas, à questão de outro jogador:
- Quem és tu?
Respondeu: - Eu sou eu!
Hoje em dia, o autor desta resposta é jornalista num reputado jornal Nacional.

Por último, as inevitáveis comparações com as estrelas da época, onde se destacavam o Zavarov, o João Pinto (o defesa direito do famoso clube do apito dourado, clube de futebol do Porto, mais conhecido pela “tirada”: “ Estivemos a beira do abismo, mas soubemos dar um passo em frente!), o Maradona, o Sócrates (Não! Não é o famoso filósofo, nem o Eng. Sócrates, do porreiro, pá!), o Carlos Manuel (excelente nº6 da equipa do glorioso Benfica que dominou o futebol Português na década de 80), entre outros.

Para quem julgou que era apenas piada, a minha sugestão para a realização do evento “As 7 maravilhas de Monchique”, reparem que já esteve mais “longe” a realização do tão esperado evento, pelo espectáculo “7 maravilhas Portuguesas no Mundo” realizado na Vila Nova de Portimão!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Nostálico16

Tenho alguma dificuldade em introduzir um tema nesta edição de “O Nostálico” porque tenciono deixar na próxima edição a memória do titulo de vice-campeões distritais de Juniores pelo JDM, além de que não tenho neste momento muito apetite para falar de futebol, após as “espanholadas” do meu clube nesta época e de mais um titulo para o clube das Antas, o tal do apito dourado!
Que venha o Jesus (táctica, organização e bom futebol), ou até mesmo o Scolari (regresso da mística e grupo forte), mas que “betonem” finalmente a estrutura do futebol do Glorioso…

Na última edição, após referência a um evento do CNE no Convento, recordei-me das famosas epopeias dos bravos escuteiros de Monchique nas difíceis águas do Rio Arade, onde chegamos a vencer todos os outros agrupamentos, muito mais habituados a actividades marítimas e fluviais, numa célebre descida em jangada. Mas prefiro reservar este tema para uma próxima edição.

Assim, lembrei-me de alguns momentos eleitorais no nosso concelho, ao ter encontrado o cartão de eleitor, que habitualmente surge de quatro em quatro anos, mas que no ano corrente servirá para três diferentes eleições.
No próximo mês, votaremos para os representantes Nacionais no Parlamento Europeu, que têm aproveitado esta campanha essencialmente para discutir e criticar a situação politica Nacional!
Não posso deixar de destacar a presença do meu antigo Director na FIAT, Carlos Gomes, como cabeça de lista do MMS, que salientou no último debate televisivo a constante presença do mar na vida dos Portugueses, com realce para as descobertas e conquistas dos navegadores Portugueses há séculos atrás.
Dá-lhes Carlos!
Mais para o final do ano temos as eleições Legislativas e as “nossas” eleições, as autárquicas. Enfim, entramos num período que servirá para, em conjunto com a mal amada crise e o início da próxima temporada de futebol para despertar as nossas atenções.

Voltando a algumas recordações de momentos eleitorais vividos em Monchique…
Frequentava a escola de São Roque, quando durante o período de recreio, aproxima-se uma viatura de campanha da então APU (actual CDU). Logo nos dirigimos para a viatura solicitando os “habitués” autocolantes. Recebi um autocolante em pano que me deixou surpreendido pela diferença face aos autocolantes de papel dos outros partidos!
Passei a identificar o movimento com um símbolo idêntico ao das olimpíadas, pelo partido do autocolante de pano!

A presença em Monchique de Sá Carneiro com imensos populares junto do mirante, durante o período da AD, e de Mário Soares na campanha para as presidenciais de 1986 também me marcaram, reconhecendo que mesmo não simpatizando muito com este último, além de me ter parecido “demasiado” alto, demonstrou uma grande simpatia, apertando a mão a todos os populares, longe da malta da Marinha Grande e dando a alguns a razão do slogan “Soares é fixe!”.

Custou-me imenso o período em que enquanto participante no programa de tempos livres no verão de 1987, nos tenham solicitado que removêssemos os cartazes de uma campanha eleitoral colados no edifício dos autocarros no largo dos Chorões. Felizmente que criaram espaços próprios para o efeito, embora tivesse sido melhor o seu aparecimento antes do referido ano, evitando uma “trabalheira” tremenda!

Mantendo o assunto nas campanhas eleitorais, desta vez ligadas a associações estudantis, recordo-me de uma campanha para a eleição da associação de estudantes do antigo ciclo preparatório de Monchique situado no antigo “largo da feira”, actual parque de estacionamento, junto do Mirante. Lista A vs Lista B! Os potenciais eleitos tudo fizeram para ganhar a eleição, mas à pergunta: “Porque não votas na lista x, ligada ao Partido y?”, não gostaram da resposta: “Porque conheço melhor os elementos da lista w e deposito maior confiança neles!”.
Para quando o período em que os eleitores votarão nos mais competentes, com provas dadas nas vidas profissionais, associativas e pessoais? Em poucos casos, a situação acaba por convergir, mas são mais as excepções que a regra…

Tal como acredito que na próxima época o Benfica será campeão, também acredito que um dia não serão necessários microondas, nem falsas promessas, nem populismos excessivos para ganhar eleições. E é sempre aceitável, até para a realidade Monchiquense, um artigo à imagem da “boa e má moeda”, mas quem não prefere escrever sobre momentos do CNE e JDM?

Despeço-me a 80km/h, com a certeza da presença no “Here and Now” no Pavilhão Atlântico, onde muito provavelmente fecharei os olhos por momentos recordando-me das matines na “velhinha” Sociedade (Luis Pedro! Mete U2!)…

terça-feira, 21 de abril de 2009

O sistema e a verdade sobre o Clube do Porto

O “sistema” está bem e recomenda-se. O “sistema” não dorme, raramente se distrai e a notícia da sua morte era exagerada. A história de construção do “sistema”, ou “polvo”, como quiserem, é mais ou menos conhecida, mas façamos uma breve viagem ao passado.
No início da década de 80, o clube do porto tentou montar um esquema que permitisse consolidar os campeonatos ganhos em 78 e 79, quase 20 anos depois do último título. O primeiro a perceber essa necessidade dava pelo nome de código de “Zé do Boné”.
A estratégia era amadora, embora inteligente. O alvo era o Benfica (aliás, o alvo sempre foi o Benfica e/ou o Sporting) e os jornais da época começaram a divulgar as célebres tiradas do Zé, entre as quais a histórica expressão dos “roubos de igreja”.
Escusado será lembrar que o grande “roubo de igreja” desses anos tinha dado o título ao clube do porto, em 78, quando o árbitro marcou um livre que não foi junto à área do Benfica, que deu o empate aos azuis e brancos, a 7 minutos do fim.
Com o desaparecimento do estratega-mor, entrou em campo o engenheiro-chefe, o gerente de caixa, o padrinho ou o papa – tudo nomes de código, claro. A estratégia mudou, foi mais burilada e mais adaptada aos tempos modernos.
O objectivo era o mesmo: tornar o Benfica um clube domesticado. Ao contrário do que muitos julgam, as benesses aos homens de negro eram apenas uma das peças de um puzzle variado e diversificado. Imaginação não faltava para aqueles lados.
Nem gente disposta a submeter-se por um prato de lentilhas, entre as quais, infelizmente, temos de contar com alguns ex-presidentes do Benfica e do Sporting, que por ignorância, negligência ou oportunismo, fizeram o jogo do inimigo.
O engenheiro-chefe foi paciente, meticuloso e sabichão. Aproveitando o declínio, por motivos políticos, de clubes do Sul, como o Barreirense ou a CUF, ou económicos, como o Portimonense (Clube que perdeu um jogo em casa com o Clube do Porto depois da bola ter saido claramente de jogo, o fiscal nada assinalar, e o Porto marcar o único golo do jogo. Sorte foi o trabalho que as cabeças do Papa e do Octávio deram aos médicos da cidade de Portimão, que agora vê o Portimonense com um presidente adepto do clube do Porto e alvo de muitas desconfianças, pudera, amigo do Papa!), tratou de “substituí-los” por clubes do Norte, que ascenderam à 1ª Divisão à custa da magnanimidade do grande clube do Norte. O exemplo mais paradigmático foi o Leça, mas outros podiam ser referidos (Tirsense; Famalicão; Felgueiras).
A dívida de gratidão era paga com enormes hinos à verdade desportiva que campeonato após campeonato o País assistia, com o beneplácito das autoridades desportivas – também elas já condicionadas pelo “polvo”, como a Federação e a Liga.
O passo seguinte foi o do empréstimo de jogadores a esses clubes, a esmagadora maioria com os seus salários a serem pagos integralmente pelo grémio azul. Volto a lembrar o exemplo do Leça, mas podia referir muitos outros, e só não o faço porque alguns deles pagaram bem caro o terem querido libertar-se do jogo azul e estão agora paulatinamente a regressar do inferno.
Era ver como estes jogadores emprestados se “empenhavam” nos jogos contra o clube do porto e sofriam uma metamorfose total quando defrontavam o Benfica e o Sporting. Era a verdade desportiva em todo o seu esplendor.
O puzzle estava ainda incompleto. Era preciso ir mais longe e mais alto. Aos árbitros? Ainda não. Aos observadores, aqueles que tinham por missão classificar os árbitros e, assim, fazê-los subir e descer de divisão ou, mesmo, torná-los “internacionais”, árbitros FIFA, com a consequente rentabilidade económico-financeira para os seus bolsos.
Assim, estes observadores, gente com necessidades básicas, eram sempre muito acarinhados pelo exército de voluntários ao serviço da missão papal. Nunca se saberá ao certo o volume das dívidas de gratidão que daí nasceram. Ou medo do Guarda Abel e do Toni Mau...
Mas há mais. A “cadeia alimentar” ainda estava incompleta. E os observadores, não tinham ninguém a quem obedecer? Claro que tinham: os delegados da Liga. Era então preciso condicionar estes delegados, para que tudo ficasse na ordem natural das coisas.
Depois, sim, lá teriam de vir os homens do apito, para que nada fosse deixado ao acaso. Este era o degrau mais complexo e mais perigoso. Porque o mais exposto. Era preciso muito tacto e muita disponibilidade.
Mas, claro, a coisa gozava de tanta impunidade que mesmo a melhor organização cometeu os seus deslizes: o “caso” do árbitro Francisco Silva (irradiado para ser o cordeiro de sacrifício essencial para esconder o “esquema” e desviar as atenções); a factura brasileira da viagem do senhor Amorim; a viagem ao Brasil dos Calheiros; e, por fim, os processos dos apitos (a fruta nas casas do Porto, onde saiu a ex-namorada do Papa, também amiga do actual presidente portista do Portimonense).
Porém, a máquina não se engasgou. O edifício era (e é) quase impenetrável. A teia e a rede de cumplicidades, promiscuidades, gratidões, dívidas, favores, envolvem milhares de nomes, nos mais diversos cargos – uns dependem dos outros. A escada nunca se quebra, nenhum degrau fica vazio.
Falo disto para lembrar uma tese que entra directamente no compêndio dos esquemas montados pelo “polvo”. Um esquema muito engenhoso e que tem enganado muito boa gente. A estratégia passa por prejudicar o Benfica e/ou o Sporting em alturas chave do campeonato e, depois, beneficiá-lo quando tudo está já decidido.
Esta época (e podia dar exemplo de todas as épocas) esta tese foi evidente no Benfica – Nacional, com o erro de Pedro Henriques; no Benfica – V. Setúbal, com a expulsão perdoada a um setubalense e o golo anulado ao Benfica); no Belenenses – Benfica (com 3 penáltis perdoados aos azuis do Restelo) e, exemplo máximo, no porto – Benfica, com o penálti marcado contra o Benfica (onde viu-se perfeitamente que o árbitro teve medo!). Em todos estes jogos, que o Benfica empatou, a vitória permitia alcançar o 1º lugar.
Já agora, não posso deixar passar em claro a justificação dada pelo animal do observador ao lance do penalti simulado do Lisandro. Transcrevo esta pérola:"Aos 25 minutos do 2.º tempo, marcou grande penalidade contra a equipa B [Benfica], por suposta falta do jogador n.º 26 [Yebda] (...) Do local onde nos encontramos e uma vez o lance ter ocorrido no vértice mais distante da grande área, não nos foi possível vislumbrar com clareza o desenlace da jogada: se a queda é provocada por algum contacto dos pés ao nível do terreno ou em virtude do defensor ter colocado o braço à frente do tronco do adversário, impedindo/perturbando a sua progressão. Porque o árbitro se encontrava bem colocado e perto, cerca de 3/4 metros, e foi peremptório a assinalar a grande penalidade, aliado ao facto de não terem existido protestos de jogadores da equipa penalizada, que aceitaram pacificamente a decisão, com excepção do faltoso, único a esboçar contrariedade, damos-lhe o benefício da dúvida".Ficamos a saber que se os jogadores de uma equipa não concordarem com uma decisão do árbitro, devem ser arruaceiros, protestarem bem, mostrarem a sua indignação, reclamarem com gestos, pressionarem o árbitro e fazerem muito barulho, pois caso contrário estarão a aceitar pacificamente a sua decisão, o que significa que concordam com ela. E eu que pensava que os jogadores deveriam acatar as decisões dos árbitros em vez de as contestar em campo. E são estas bestas que andam a classificar os árbitros.
O inverso também é verdadeiro. O porto é beneficiado em alturas chave. Querem melhor exemplo do que o da última jornada, em Coimbra, com o escandaloso penálti perdoado ao porto, com o resultado em branco?
O “sistema” ou o “polvo” tem muitas histórias para contar, mas ficamos por esta breve abordagem. É por isso que quem gosta de futebol não lhes pode dar tréguas. Ainda estamos a pagar o preço de algumas alianças espúrias entre o engenheiro-chefe e alguns dos nossos ex-presidentes. A esses, a História não os absolverá.
Para terminar, quem acredita na "estória" da fundação do Clube do Porto?
"Já estive algumas vezes para contar aqui a falsificação da história da data da fundação do Clube do Porto por parte de Pinto da Costa, bem demonstrativo da mentira e das fraudes usadas pelos responsáveis actuais desse clube. Este é um exemplo que demonstra bem a falta de verdade e a deturpação dos factos que tem sido uma regra da Direcção, passando até vergonhosamente por cima da história do clube e do seu fundador, atropelando a dignidade da instituição, tudo apenas para se afirmarem como o clube mais antigo de Portugal. Por atitudes destas é que são apelidados de clube regional, e provinciano. Passo a expor os factos:O Clube do Porto foi fundado em 2 de Agosto de 1906, por José Monteiro da Costa, tendo, durante 83 anos, sido esta a data com que se comemorava a sua fundação. Depois de 83 anos, a história do clube foi completamente alterada só porque alguém descobriu, através de uma notícia de um jornal de Lisboa de 28 de Setembro de 1893, que se fundara no Porto um clube denominado Football Club do Porto. Esse clube, fundado em 1893, teve uma curta duração e a última notícia que houve dele data de 11 de Março de 1894. Durou assim 6 meses, e nunca mais se ouviu falar desse clube. Pinto da Costa e o amigo do "Topo Gigio" foram buscar esta história para antecipar em 13 anos o centenário do clube, e assim poder comemorar o centenário antes do Benfica e do Sporting. Simplesmente ridículo, provinciano, um verdadeiro desprestígio a uma instituição e ao seu verdadeiro fundador, que merecem mais respeito, e acredito que alguém no futuro irá repor a verdade e a dignidade da história do clube e do seu fundador. No mandato de Pinto da Costa, em 1989, a data de fundação do clube foi alterada em assembleia-geral para 28 de Setembro de 1893. Pode-se dizer que, actualmente, o Clube do Porto não comemora a data da sua fundação mas sim a data da saída de uma notícia num jornal de Lisboa. Não passa pela cabeça de ninguém que José Monteiro da Costa, ao longo de mais de 80 anos unanimemente considerado fundador do clube (assim consta de todas as publicações, oficiais ou não, sobre o clube!), não soubesse que, afinal, o clube que estava a fundar já existia há 13 anos! Alguém acredita que um clube que apenas durou 6 meses, após 12 anos de completa inactividade, os desportistas seriam os mesmos? A única semelhança é o nome, e mesmo esse é diferente. A data da fundação do Clube do Porto é uma mentira, tal como tem sido uma mentira muitos dos títulos que conquistaram nos últimos 20 anos. O Clube do Porto, fundado em Agosto de 1906 por José Monteiro da Costa, começou a jogar num campo na Rua da Rainha. Em 1913, mudou para o Campo da Constituição, alugou o terreno e construiu o campo de futebol, onde certamente colocou o seu símbolo na parede, que perdura até hoje. Nos anos trinta, mudou novamente de campo, onde aparece aí a tal história do Sport Progresso (Amial) e dos andrades.O Foot-ball Club do Porto nada tem que ver com o Campo da Constituição. O símbolo do Clube do Porto, que está actualmente na parede do Campo da Constituição, foi criado em 1922 por um antigo jogador. Resolveu juntar ao símbolo antigo (uma bola azul), o brasão da cidade. O Campo da Constituição foi inaugurado em 1913 e o emblema do Clube do Porto foi criado em 1922."
Aliás, será que existe mais algum clube de futebol no mundo inteiro que tenha como simbolo/mascote um dragão (só podia ser algo mitológico, no meio de tanta aldrabice e corrupção)? O Estádio das Antas devia ter o nome de Bruce Lee (São golpes atrás de golpes...)!
Despeço-me com este video (sem comentários!):
http://www.youtube.com/watch?v=lZfmpMrqn2o

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Nostálico15

Nas férias da Páscoa, durante a viagem para Monchique, quando avistei a Serra, disse à minha filha Catarina:
- Estás ver a Serra de Monchique?
Ela respondeu:
- Qual delas?
Percebi que se referia à Fóia e Picota, e nem vos vou contar a dificuldade que tive em explicar-lhe esta questão aparentemente tão simples!

A Vila de Monchique, embora “instalada” na encosta da Fóia, tem à sua frente a magnifica vista da Picota.
Resolvi por isso dedicar este Nostálico às nossas duas montanhas!

Se uma visita ao alto da Fóia nos pode trazer em dias de boa visibilidade, o cabo de São Vicente, a baia de Lagos, a foz do Rio Arade em Portimão, a costa alentejana e até mesmo as torres de “fumo” de Sines (Se ainda existir quem duvide, tenho como testemunhas os meus companheiros bravos da equipa Nuno Alvares do agrupamento 383 do CNE de Monchique!), no “vulcão” da Picota temos a melhor imagem da nossa Vila, a possibilidade de ver o movimento dos aviões no Aeroporto de Faro e uma grande parte da costa algarvia “mediterrânica”.

No final da década de 80 surgiram dois projectos para rádio local em Monchique, Rádio Fóia e Rádio Picota. Quase que pareciam dois clubes rivais! Sport Lisboa e Fóia de um lado e Sporting Clube da Picota de outro (obviamente que não existia espaço para o Futebol Clube da Marioila!).
Eu próprio, à data, “devorei” com todo o interesse os objectivos de cada projecto publicados no JM, não conseguindo tomar uma posição (cuidado, porque no que diz respeito ao futebol, a minha posição seria sempre na Fóia!), até porque nasci na encosta da Picota, onde vivi até aos meus quatro anos, tendo depois vivido na encosta da Fóia até aos dezanove anos.

Falar na Rádio Picota fez-me lembrar o “mestre” José Glória que marcou uma geração de jovens no final dos anos 80, inicio dos anos 90, com o “seu” Travessa, local de culto da geração Monchiquense nascida principalmente entre 1965 e 1975, onde assistimos a passagens de modelos, onde se organizaram festas incríveis, e onde invariavelmente começavam e terminavam noites memoráveis (mesmo que “O Travessa” estivesse fechado, havia sempre um “Gelati Motta” para consolar o estômago!), sempre com o apoio e cunho pessoal do Sr. José Glória, grande Benfiquista (ficou por cumprir um sonho comum de uma casa do Glorioso em Monchique), a quem envio um forte e saudoso abraço, onde quer que ele esteja.

Voltando às duas montanhas da Serra de Monchique, qualquer uma delas com um potencial turístico elevadíssimo, ainda acredito numa ligação/estrada em condições para a Picota, de onde todos podiam ficar deslumbrados com a maravilhosa vista sobre a serra, sobre a vila de Monchique e sobre a futura pousada histórica de Portugal construída a partir das ruínas do Convento de Nossa Senhora do Desterro, podendo ser utilizada a coincidência do seu fundador, Pêro da Silva, ter sido posteriormente Vice-Rei da Índia, para uma “colagem” à cultura de Goa.
Se num Nostálico anterior referi o castelo da Pedra Branca, obviamente que não querendo relativizar o interesse deste último, a prioridade cultural do nosso concelho, na minha humilde opinião, seria sempre a reabilitação do espaço do Convento, quer fosse como Pousada ou como outro fim qualquer, mas diferente daquele que todos conhecemos desde que nascemos!

Não consigo fechar este Nostálico sem partilhar convosco um episódio ocorrido numa actividade do CNE de Monchique, no final da década de 80, quando num jogo nocturno, a memorável equipa “Águia” resolveu “entrar” no espaço do Convento vestida a rigor, ou seja, como frades franciscanos, cantando:
“Adoramus te Domine!”
Hoje, reconheço que fazia aquela subida para o Convento no meio daquelas árvores altas, que ainda faziam a noite mais escura do que estava, cheio de medo, não tivesse ainda para mais, assistido dias antes ao filme “O nome da Rosa”, baseado na obra do escritor Umberto Eco!

“Lasciare il 80/h fino alla próxima”
Bem hajam.

segunda-feira, 30 de março de 2009

As Nóias dos Chefes I

A sorte e/ou o azar levaram-me a trabalhar em diferentes empresas, nomeadamente no Montepio, Otia, Fiat, Goodyear, Caixa Agrícola e Yokohama.
Um amigo e ex-colega de uma das referidas empresas, desafiou-me a escrever alguns episódios passados nessas empresas, geralmente protagonizadas pelos “Chefes”!
Estive presente em muitos dos episódios que passarei a descrever.
Em outros, mesmo tendo o azar de estar ausente, pelos testemunhos de colegas e amigos, não podia deixá-los de parte desta 8ªmaravilha da parvoíce de alguns chefes!

A época das cerejas

Numa reunião de vendas, o Glorioso Presidente de determinada empresa resolve questionar o Director de um departamento referindo-se da seguinte forma:
- HHH disse há uns meses atrás que estava a semear para colher mais tarde. Pois digo-vos hoje que estamos na época da colheita! Temos que vender mais! (Isto depois dos resultados terem subido para o dobro!).
A resposta foi rápida:
- Sr. Doutor, como sabe estamos na Primavera, e nesta estação um dos frutos principais é a cereja! Portanto, estamos agora a colher cerejas para mais tarde, no Verão, colher Melancias…
Responde o Presidente:
- Aqui na KKK ninguém gosta de cerejas!
Termina HHH:
- Mas há quem goste!

Os Bravos do Pelotão

Também durante uma reunião de vendas, o Director Comercial compara os resultados e as consequências dos mesmos com o período vivido nos Comandos:
- Quando estava nos Comandos, quem não atingia resultados, tinha de dar voltas ao campo de jogos com a G3 em cima da cabeça, gritando “Eu sou uma merda! Eu sou uma merda!”
FFF coloca a seguinte questão:
- Sr. engenheiro, quantas voltas deu ao campo na sua época?

O Almoço Pimba

O Gerente convidou um colaborador recente na agência para almoçar! O colaborador tinha um grande respeito pelo Gerente e não estava muito à vontade por se tratar do seu chefe!
Quando tiveram de fazer o pedido diz o Gerente para o empregado de mesa:
- Quero uma omeleta com uma salada de tomate! Ah! Com muito azeite porque eu sou muito azeiteiro…

Salada ou gravatas?

O Director de um departamento chega junto de três colegas gestores de zona, e um deles ao ver uma garrida gravata verde, pergunta-lhe:
- JJJ, hoje traz a alface ao pescoço?
E obtém de imediato a resposta:
- E os tomates…

A Viagem Precoce

Com a chegada de um novo Director, os colaboradores são “convidados” a permanentes viagens para Norte com início às 5:30!
Numa dessas viagens, o referido director vira-se para o seu colaborador e questiona-o:
- Se quiseres dormir, podes ir para o banco de trás!
Responde-lhe o colaborador.
- Não, vai antes tu que eu conduzo, e como és pequenino até podes deitar-te ao comprido no banco!

No WC

No WC de uma sede de uma grande Instituição, era habitual um colaborador ser interrompido durante as suas necessidades com alguém a bater à porta questionado:
- Tem papel?
Claro que a resposta era sempre a mesma:
- Sim! (Se fosse não, será que a empregada passava o papel higiénico debaixo da porta?)
Mas estava um desses colegas (HHH) no WC quando entra outro colega (hhh) à conversa com um outro presumível colega! HHH mandou-os calar, não se identificando, e os dois no exterior permaneceram calados! Quando HHH sai para com eles gozar de os ter assustado repara que hhh estava com o chefe…
Sai a correr do WC sem ser identificado, ao que o chefe comenta com hhh:
- Como é possível alguém sair do WC sem lavar as mãos?

A culpa era do Vinho

Durante um almoço de negócios entre um Director de uma multinacional e um concessionário da marca:
- Então, Sr. Doutor! Podemos contar com o apoio que referia?
- Sr. Engenheiro, não ligue porque já não sou eu a falar, é o vinho!
(Apenas aguentava dois copos de vinho!)

Passou bem?

No corredor, o chefe cumprimenta a colaboradora com um aperto de mão, e continuam a falar. Depois de presenciar o cumprimento, outro colega chega perto deles e dá um beijinho à colega! Para não ficar mal, o chefe diz:
- Já agora!
E dá também um beijinho à colaboradora. Ao que o colaborador responde:
- Então! Primeiro dá-lhe o bacalhau e depois um beijinho?

Aprender com vacas…

No dia em que têm conhecimento da sua colocação como gerente num novo balcão, hhh é convidado pelo chefe para ir consigo de automóvel para uma acção de formação. Logo hhh julgou tratar-se de um momento escolhido pelo chefe para consigo falar dos desafios e objectivos inerentes à nova função!
Mas não! O chefe descreveu na viagem o nº de vacas que tinha na sua fazenda e os trabalhos de fim-de-semana ligados à sua actividade agrónoma…

Eu sou forte!

O chefe comentava com o seu colaborador que após ter despedido o antigo director, teve a coragem de levá-lo à paragem de táxis mais próxima. Ao deixar o antigo director na paragem foi confrontado com a seguinte despedida:
- Ainda havemos de nos encontrar por ai!
Mas o chefe não tinha medo e assim comentou a despedida com o seu colaborador:
- Se ele tentasse me bater, eu venceria pelo cansaço, porque sou bem mais novo do que ele!

O Nostálico 14

As curvas da “Estrada de Sabóia” fizeram o Nostálico perder o último JM, mas encontrou novamente o caminho, e regressa, julga ele, com uma questão interessante!

Decorria o ano de 1987 quando, num almoço de encerramento desse ano lectivo com a presença dos alunos das duas turmas do 9ºano, fui confrontado com uma resposta de uma colega que me deixou algo intrigado!
No final do almoço dizia-lhe eu que no futuro seria interessante reunir todos aqueles alunos, de preferência em Monchique, novamente na estrada da Fóia, para um almoço comemorativo.
A resposta dela foi directa e breve:
- Todos nós? Nem sonhes! Vamos seguir agora vidas diferentes. Alguns de nós vamos para duas diferentes escolas em Portimão, outros seguirão para outras escolas e muitos não pretendem dar continuidade aos seus estudos.
Embora intrigado, continuei a reforçar que seria possível reunir todos aqueles em futuros eventos!

Passados que são mais de vinte anos, de certa forma, dou-lhe hoje razão e aproveito para introduzir um tema que está, na minha opinião, indirectamente ligado ao envelhecimento do nosso concelho.
Obviamente que muitos outros motivos serão tão ou mais importantes do que este, mas queria partilhar com os leitores do JM alguns sentimentos que existiam em alguns alunos do 9ºano em 1987, e que, provavelmente, ainda perseguem alguns dos alunos Monchiquenses de hoje.

Voltando ao famigerado almoço, recordo-me de alguma revolta que sentia nessa época por ser “obrigado” a continuar os meus estudos em Portimão! Porque razão tinha eu de fazer cinquenta quilómetros diários para ir à escola?
E na mente de um adolescente de quinze anos ficava a certeza que era uma injustiça, a impossibilidade de concluir o ensino secundário no seu Concelho!
E quantos alunos do 10º, 11º e 12ºano são “alvos” fáceis de insucesso escolar, porque simplesmente não se adaptam à mudança e/ou porque o custo associado à conclusão desses três anos é muito superior ao custo enquanto alunos em Monchique?

Com este texto não pretendo criticar, apenas alertar, porque o êxodo dos jovens do concelho de Monchique para os concelhos no litoral, também se deve muito ao facto da não existência de 12ºano em Monchique (mesmo que com apenas uma ou duas áreas), ou no limite de uma escola profissional ligada a sectores de actividade actuais e com futuro na nossa terra, que permitissem a quem os concluísse, a possível continuidade da sua vida pessoal e profissional na terra que os viu nascer!
Porque mesmo para aqueles que não seguem estudos universitários, e para outros que, por diversas razões, decidem não concluir o 12ºano, se estiverem “habituados” a outras localidades, não necessariamente Portimão, não será porventura em Monchique que decidirão iniciar a sua actividade profissional.

Ainda este ano encontrei dois jovens Monchiquenses em dois diferentes concelhos do litoral, e á minha questão:
- Então! Saíste de Monchique?
A resposta foi exactamente a mesma:
- Era inevitável…

Mais uma vez reforço a ideia que o êxodo dos jovens no nosso concelho não se deve apenas à questão escolar, mas contribui de certeza absoluta!

Imagino o referido almoço de 1987 com alunos que permaneceriam na escola local para terminar o 12ºano, outros que dariam preferência à entrada na imaginária Escola Profissional de Monchique para formação na área de turismo, agrícola, florestal ou outra qualquer…
Numa sala ao lado, no mesmo Restaurante, estariam os “veteranos” do 12ºano da escola de Monchique a fazer o almoço de despedida de alguns que iriam para a Universidade (quiçá no pólo em Monchique da Universidade do Algarve para agronomia e energias renováveis!) e outros que dariam inicio à sua carreira profissional.
Percebem a diferença? É utopia? Ok, fiquemos com a dúvida…

Antes de sair a 80km/hora, gostava de vos questionar se serei o único a reparar que o autódromo internacional do Algarve fica a apenas alguns metros da fronteira com a freguesia de Marmelete, e que se a candidatura Luso-Espanhola conseguir a realização de um Mundial de Futebol, o estádio do Algarve apenas necessita que preencham as extremidades com bancadas para chegar aos 40.000 lugares, e assim impedir que os jogos em solo Português apenas se realizem em Lisboa e Porto?

Um cumprimento especial para os alunos do 9ºano no ano lectivo 1986/87 da então denominada escola C+S de Monchique, e para todos os leitores da JM com votos de uma boa Páscoa e muitos folares…

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O Nostálico 13

Pela referência à “estrada de Sáboia” na última edição, pelas lembranças da Nave Redonda e por ser a estrada que passa por Benfica de Monchique, decidi promover neste espaço a nossa “Route 66”!

Como devem saber, a antiga estrada de “costa a costa”, Route 66, localizada nos Estados Unidos da América, ainda serve hoje em dia de cenário para películas de Hollywood, e como local de peregrinação de turistas locais e estrangeiros.
Assim, convido-vos a uma viagem pela analogia com a histórica via dos “States”, na estrada de Sabóia, não a uma velocidade de 80km/h, mas sim a metade dessa velocidade, porque as curvas não permitem melhores veleidades…

Se a “Route 66”, no sentido Este/Oeste, tem início em Chicago, a nossa estrada de Sabóia começa em Monchique no sentido Algarve/Alentejo. Portanto, Monchique está para a estrada de Sabóia como Chicago está para a Route 66 (Se Obama vem de Chicago, quem será o Obama Monchiquense (Pode nem existir!)? Melhor um Obama que um Al Capone, até porque basta a ASAE como a nossa “lei seca” na produção caseira de aguardente!).

Saindo de Monchique, ou de Chicago/Illinois, chegamos à Portela de Vento, que corresponde na Route 66 a St. Louis no Missouri! Em St. Louis aprecie-se a famosa ponte, na Portela de Vento aproveite para comer um acepipe do concelho.

Chegados às Corchas, vulgo Kansas na Route66, fazemos uma vénia como se estivéssemos a passar na 2ªcircular junto da Catedral da Luz, deixamo-nos de “cowboyadas” na passagem pela “estrumeira da cambra”, mas deve-se aproveitar para um cálice de aguardente, tipo “abaladiça”, para retemperar forças e atirarmo-nos para as restantes, fantásticas e paisagísticas, curvas.

Na Cantina, local de uma antiga casa com um pequeno forno onde era produzido um pão caseiro espectacular, lembramo-nos de Oklahoma, e dos 1ºs pioneiros na conquista do oeste!

Se alguém encontrar o “Billy the kid”, Wyatt Earp ou Buffalo Bill a dar de beber ao seu cavalo na Fonte da Amoreira, não se preocupe, porque está em Amarillo/Texas. Mas deixe por favor o seu coldre e pistola à entrada, e não conte com um Sallon para uma Sagres/Bud, porque o tempo dos garimpeiros já terminou!

Quando chegar à Portela dos Caibros, olhe pela última vez para trás e veja os cumes da Fóia e da Picota numa imagem sem paralelo, mesmo provavelmente quando comparada com Albuquerque no Novo México.

Na route 66 imagino os seus peregrinos a dizer: “Arizona à vista!”.
Pois, na estrada se Sabóia é o momento de fazermos o mesmo: “Nave Redonda à vista!”.
O melhor a fazer agora é comer linguiça, ou galinha da cabidela, ou outra iguaria com um pão alentejano capaz de nos fazer parar a viagem durante um pequeno período para “fazermos contas” com o aparelho digestivo.

Chegando a Los Angeles, na Califórnia, final de viagem na route 66, deparamo-nos com a imagem de Santa Clara-a-velha. Aproveitem para abastecer as viaturas (segundo sei, o posto de abastecimento de combustível no local, tem imagem da melhor marca do Mundo! E parece que trabalha nessa marca um “amigo” do Nostálico!), e dirijam-se para a Barragem de Santa Clara, tipo Praia de Santa Mónica na costa do oceano pacífico.
Chegamos assim ao final da viagem pelas duas vias mais emblemáticas do mundo, porque se bem se recordam, o responsável pela construção da “nossa estrada” respondia aos seus colaboradores: “yes! yes!”, concluindo assim a estrada com muitos “SS’s”, também responderia facilmente à afirmação: “São as duas estradas mais emblemáticas do mundo!”. Resposta: “yes!yes!”.

Há cerca de dezassete anos atrás, alguns audazes monchiquenses, onde eu me incluía, dirigiram-se no inicio de uma noite de Primavera para a Barragem de Santa Clara, com vista à pesca de lagostins de água doce!
Os pescadores não eram exímios, mas a pescaria foi razoável, e excepção feita a um artista que resolveu “roubar” as botas do Pai para com elas melhor “escorregar” nas difíceis escarpas da Barragem, tudo correu muito bem, inclusivamente um merecido petisco na casa de um ausente na pescaria, sita na não menos famosa “Rua do Asilo”!

Pela paisagem, e principalmente pelas curvas, despeço-me até à próxima, a poucos Km/hora.

sábado, 10 de janeiro de 2009

ANO DO BOI - Homenagem

No horóscopo chinês comemora-se o ANO DO BOI em 2009!
As ruas de Tóquio, no Japão, enchem-se de material promocional alusivo ao BOI, e em Portugal resolvi escrever umas linhas de homenagem a esse Mito Vicente Quintino Guerreiro…
Decorria o ano de 1996, e num balcão do Montepio na cinzenta cidade de Almada trabalhavam alguns “cromos” daquela instituição, Joca, Despalius, Zé Maria Godi, Alex O’Neal, Bravo Rodrigues, Tino Costa, Fernandel, Zoca, a soluços, Idalécia e Tozzi (mais tarde chegam os passarinhos Aida e Didas), quando aparece vindo da Rua do Ouro, o já referido Guerreiro, para revolucionar por completo a vida pacata daquele balcão!

Resolvi fazer esta homenagem, porque trata-se do 1ºe-mail que envio para este destinatário, pelas comemorações do ano do BOI e porque em Cc, estão alguns ex-colegas deste mito vivo, e de outros colegas e amigos do autor deste texto, que viveram mais tarde os hábitos tauromáquicos desse grande senhor nascido em Castro Verde!

Se durante os tempos que passei na CGD/Otia, algumas pegas de caras foram realizadas com sucesso ao peso pesado Quita Koyno e Jotinha, se na Fiat o meu compadre ficou boizito e o Nandinho também levou com umas farpas, se no seio do grupo do ISCAL o grande Coim já era mais associado de Brito Pais do que de Tondela, e se na Goodyear aquela grande equipa também podia ser uma ganadaria, bastando para isso a presença do Taurino de Alverca, tudo isso se deve ao “trabalho” do grande “Vincent Guérin” (homónimo jogador do PSG na década de 90)!

Como grandes frases míticas, que muitos conseguirão identificar, registo as seguintes:

- “Afasta a cabeça que estás a picar-me!”
- “Vales quanto pesas!”
- “Tu és o maior! Do Curro!”
- “Incha Afonso! Os Afonsos são todos uns bêbados!”
- “Tá certa assim a conferência, Barradinhas?”
- “Óhhhhhhhh então!”
- “Godi, o melhor é ligarmos um cano à pastelaria para teres sempre café à ordem!” (O mesmo que dizia ao careca: “Vê lá se não queres desta banana!”)
- “There’s no Money about me!”
- “Empresta-me a tua cabeça!”
- “Com a tua cabeça sou tudo aquilo que tu quiseres!”
- “Mete-se sal nas costas do bicho e fica pronto para outra!”
- “Éh! Bicho! Boizito do Ribatejo!”
- “Epá! Não fachas icho!”
- “A vitória já está ganha!”
- “Sacanas dos miúdos!”
- “Quem é o nhacas?”
- “Hem? Hem? Hem? Não percebo!”
- “Ontem vi-te na TV, e tanto pó que levantaste no Campo Pequeno!”
- “Coitadinho de quem é pequenino!”
- “Figueiredo, não tenhas medo!”
- “Pau de semeola!”
- “Se adivinhares o que levo neste saco, dou-te este Galo!”
- “Dá cá um abraço à Nuno da Salvação Barreto!”
- “A tourada é uma festa!”
- “Absolutamente, pá!”
- “Na marinha, o teu posto era no sexto da gávea!”
- “Éh Senhorr Marrinheiro, tem um … que parrece uma mangueirra!”

Obviamente que este grande amigo, futuro jogador de cartas nos jardins do Pragal e Castro Verde, no seio da comunidade reformada, também provou do seu próprio veneno, quando chegava ao seu local de trabalho e os seus honráveis colegas formavam um verdadeiro grupo de forcados colocados de forma a receberem com as mãos nas ancas o seu Mentor!
Fabulosas, as chegadas do José Gomes a sair do carro envergando o seu casaco, como se fosse a capa, tentando dominar a fúria do Rei dos Bois, Vicente!
Também num grandioso petisco, “alguém” se lembrou a desenhar este mito a apanhar moedas, tendo por cima um grandioso Urso! Para não falar no grande jogador de futebol da Bulgária, Guerreirov, do jogador da Grécia, Guerreiropoulos, e também da analogia com esse fruto alentejano, pitéu de tantas varas espalhadas por aquele território, BOLOTA!
Como grande atributo o facto de ser um grande Benfiquista, mas em contrapartida, no que toca a questões politicas, ainda não lhe caiu o muro de Berlim em cima, sendo um “ver se te avias” quando insere a cassete do camarada Jerónimo ou do Burro Branco, Cunhal! Não gostar do Bochechas Soares já é uma sorte!
Os seus amigos nunca chegaram a pedir honorários pela promoção da venda do seu Renault 5 GT Turbo, no Jornal Ocasião!
Para terminar, se os assaltantes do balcão ainda estão na prisão, ainda se devem rir quando se lembram do Guerreirov a subir as escadas da cave para o balcão com processos de habitação debaixo do braço, fazendo com a mão o gesto de negação, quando confrontado pelo assaltante: “Telefonaste para a polícia?”, dizendo a gaguejar: “Eu, eu, não, não telefonei para a polícia!”, borrado de medo vendo uma pistola apontada para si! Terminado o assalto, diz o Godi ao Guérin: “Vicente, já vi mortos com melhor aspecto que o teu!”

Um abraço grande amigo!
És o maior! (Do curro!)