sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Nostálico47


Nos anos 80, em Monchique, existiram “ex-libris” únicos que nos fazem recordar a todos, principalmente aos monchiquenses nascidos nas décadas de 60 e 70, momentos inesquecíveis.

Já tive oportunidade de recordar neste espaço o “Café Carioca”, a “bomba da Mobil”, o “lagar” de azeite e a mercearia da “D. Libanita” no Largo dos Chorões, a loja do “Avelarinho”, a loja do “Sr. Messias”, o salão de jogos do “Sr. José de Ferro”, os restaurantes na Fóia do frango assado (à data, muito mais reconhecidos do que o inexistente “frango da Guia”), entre muitos outros.

Mas, hoje ao ouvir de manhã um dos cromos do Nuno Markl na Rádio Comercial sobre a Rodoviária Nacional, pensei que os “alfacinhas” podem ter a memória da RN, mas nós, de Monchique, tivemos a “nossa Castelo & Caçorino”!



As melhores memórias sobre os autocarros (ou melhor, “camionetas da carreira”) da “Castelo & Caçorino”, levam-me aos anos de 1987, 1988 e 1989, exactamente os anos em que, salvo alguma “bendita boleia”, transportavam-me a mim e restantes alunos de Monchique que frequentavam a Escola Manuel Teixeira Gomes e o antigo Liceu, em Portimão. Uma viagem que durava cerca de 45 minutos, parando em todas as “capelinhas”, inclusivamente com o desvio pelas Caldas de Monchique.

De manhã, habitualmente, saíam dois autocarros do Largo dos Chorões, e eu preferia deslocar-me para a paragem no Pé da Cruz, devido à possibilidade de ser um dos primeiros passageiros do famoso “desdobramento”, porque caso decidisse deslocar-me para a paragem em frente ao posto da GNR, correria o “risco” de ouvir a famosa frase do “revisor”: “O desdobramento não sai hoje!”. Mentirinha…

E, embora à data não fossem nada apelativas aquelas viagens de manhã e à tarde entre Monchique e Portimão, naquelas velhinhas “camionetas da carreira”, hoje em dia decerto todos recordam divertidos e inesquecíveis momentos vividos durante essas viagens.

Mais tarde, durante o período universitário, utilizei várias vezes a “carreira” para Sabóia, deslocando-me depois no comboio para o Barreiro, evitando as viagens “enjoativas” nos autocarros da Renex, Caima e Mundial Turismo, os famosos “Expressos” para Lisboa que me fizeram, ainda hoje, evitar comer a também famosa “sandes de carne assada”, e beber uma garrafa de Sumol, da Mimosa.

Por isso, Nuno Markl guarda as tuas memórias sobre a Rodoviária Nacional e sobre a Carris, porque a “nossa Castela” venceria aos pontos…



Falando do desporto rei (que perdeu o jogador Sócrates, capitão da selecção do Brasil de 1982, sem dúvida, a equipa com o futebol jogado que mais gostei até hoje), no “fogo” da Luz, como alguns amigos sempre dizem, venceu o Benfica, embora o Sporting jogue melhor! Conversas.

O clube das Antas nunca mais poderá ouvir falar de concertos no “Zenit” de Paris, e a nossa Selecção “apanhou” com os tubarões Alemanha e Holanda para o Europeu do próximo ano na Polónia/Ucrânia.

O estudante de filosofia em Paris devia, ao contrário dos jogadores do clube das Antas, deslocar-se mais vezes ao “Zenit”, evitando assim ter tempo disponível para dizer disparates. Além de criar mais embaraços ao “Tó Seguro” do que ao “Pedrito de Massamá”!

Também poderemos ter de brevemente voltar ao Escudo, e se um jornal deixava a ideia de colocar na face de uma das novas notas, José Mourinho, eu preferia ver nessas notas Nuno Álvares Pereira, D. João II, D. João IV, Afonso de Albuquerque e outros heróis Nacionais que devem dar “lá em cima” voltas e mais voltas pelas barbaridades que todos os políticos têm feito a este “jardim à beira-mar plantado”…



Aproximando-se a quadra festiva do Natal, não poderia deixar fugir a oportunidade de desejar a todos os leitores do Nostálico e do Jornal de Monchique um óptimo Natal (desta vez sem pontes, mas com portagens…), e os votos de um ano de 2012 melhor, ou no limite, melhor do que se prevê!
Despeço-me até para o ano, à velocidade do trenó do Pai Natal, que sairá mais cedo este ano, para evitar as filas de trânsito nas estradas Nacionais (também ele poupa nas portagens) …

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