sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Nostálico45


Uma rádio Portuguesa dedica diariamente, no período da manhã, uma música a uma parte de um discurso do actual Presidente da Republica, sobre:

“O que é necessário fazer para nascerem mais crianças em Portugal?”



Para a sustentação do Estado social, cada vez mais desequilibrado, não duvido que uma das soluções passaria por nascerem o dobro das crianças em Portugal.

Mas, também, na minha opinião, nada de importante foi realizado nos últimos anos para que tal sucedesse, e agora até se fala no encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, onde uma grande parte dos habitantes, e não só, da grande Lisboa nasceram.

No meu caso, nascido e criado até aos quatro anos no Cabeço de Ferro, na estrada do Alferce, apenas espero que aquela maravilhosa fonte nunca seja “encerrada”.



Além do desequilíbrio do Estado Social, debatemo-nos agora (e sempre…) com questões difíceis de resposta, que nem vale a pena enumerar, e ainda assim, com as respostas mais obvias e pragmáticas, nem a certeza de serem suficientes para não ser eleito, como sucedeu na Islândia, um verdadeiro palhaço para substituir um qualquer politico incompetente à frente de um governo, câmara municipal ou empresa pública.

Existem tantas questões agora debatidas que todos tinham resposta há muitos anos, como o fácil acesso ao crédito para se comprar tudo e mais alguma coisa, a desertificação do interior, a continua dependência de produtos vindos do exterior, a facilidade na obtenção de subsídios para…, enfim, apenas colhemos, todos nós, aquilo que andamos a “plantar” ao longo dos últimos anos.

Não consigo é aceitar que tanto aperto seja agora exigido a quem menos culpa teve de tanta asneira, principalmente cometida por quem nos governou nos últimos 25 anos, e nada me chateia meia-hora diária a mais de trabalho por mês, nem a justa divisão das taxas por quem utiliza os serviços públicos, mas quando se procede “cegamente” à diminuição da “carteira” de cada um de nós, ainda que muito bem explicado, e sempre realizado de uma forma equitativa, deixa-me, como dizia um célebre 1ºministro do período do PREC: “Fico chateado!”



Longe vão os tempos em que corriam à velocidade luz subsídios da então CEE para o nosso Pais, contemplando inúmeros cursos de formação que diga-se de verdade, pouco contribuíram para o desenvolvimento de Portugal.

No final dos anos 80, início dos anos 90, alguns desses cursos foram ministrados em Monchique, e acredito que muitos deles foram importantes, por estarem relacionados com actividades desenvolvidas no concelho, outros talvez não!

Não posso esquecer o único curso de formação profissional de contabilidade agrícola, realizado na “cooperativa agrícola de Monchique”, ao Pé da Cruz.

Foi um período onde todos os formandos aprenderam coisas novas e onde pela 1ªvez foi utilizado o conceito de sessões gravadas (e que piada teria agora o acesso a essas cassetes VHS).



Para terminar, os votos que a Selecção Nacional do Paulo Bento possa derrotar, uma vez mais, a Bósnia na Catedral da Luz, e que os “verdinhos” de Alvalade não percam a embalagem antes do jogo com o Glorioso SLB no final de Novembro, para que finalmente se possa verificar a disputa de um campeonato entre duas equipas com expressão Nacional.


Despeço-me ao sabor de uma folha a cair, agora que o Outono finalmente chegou…

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