quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Nostálico18

Sou Benfiquista, como diz a música:
“Com muito orgulho, com muito amor!”
Mas se no tempo de João Vale e Azevedo, em quem eu, graças a Deus, nunca votei, os deputados Benfiquistas do nosso Parlamento, o recebessem para um almoço de confraternização, eu seria o primeiro a contestar tal decisão e a chamar esses deputados de…
Nem vos digo!
No entanto, agora, os senhores deputados (de todos os Partidos, provavelmente até do agora famoso bloco de esquerda!) adeptos de um clube de bairro da cidade do Porto, resolveram convidar o seu Presidente, que se manteve calado durante alguns anos, graças à sua qualidade de arguido no processo “apito dourado”, onde não foi condenado, porque as escutas telefónicas não foram consideradas como prova para as suspeitas de corrupção no futebol Português (mas que existiu, existiu!), para uma “almoçarada” numa das Instituições mais importantes do nosso Estado de Direito!
Será que estavam bêbados? Será que gostam da mesma “fruta” dos árbitros corruptos?
Ou também receberam viagens ao Brasil?
Ou então, apenas pecaram por não convidarem para tão “normal” repasto os Presidentes de Câmara de Gondomar e Felgueiras, o Vale e Azevedo, o Oliveira e Costa, o homem do fax de Macau, o Bibi e o Otelo Saraiva de Carvalho!!!!
Quem não se recorda da famosa visita do Papa do Clube das Antas e da sua namoradinha ao Vaticano, para serem recebidos pelo Papa João Paulo II?

Vivemos no período do politicamente correcto em que não devemos afectar a sensibilidade de ninguém. Mas, se misturado com um pouco de coerência, de bom senso e uma boa dose da pragmatismo, então que se coloque o politicamente correcto num plano secundário, onde normalmente nunca anda, para que se comente imparcialmente estas situações!

Obviamente que admito não morrer de amores pelo Clube das Antas e por Espanha, mas isso não quer dizer que os adeptos desse clube não sejam mais anti-Benfiquistas do que adeptos do seu próprio clube (mesmo que um dia consigam superar o número de títulos do maior clube do mundo, ainda assim continuarão a alimentar esse sentimento!), e que os Espanhóis não continuem a dizer (em privado), que somos um Pais independente porque, no período dos Filipes, preferiram acorrer ao levantamento de autonomia na Catalunha, “permitindo” o sucesso do movimento da Restauração em Portugal!

Bem, e com esta introdução, perdi uma boa oportunidade para escrever sobre a epopeia dos escuteiros de Monchique nas bravas águas do rio Arade, “montados” em robustas Jangadas à conquista da baixa Portimonense…
Fica para a próxima!

Aproveitando o facto de ter referenciado o Parlamento Nacional, imaginem o que seria na assembleia municipal em Monchique, e nas assembleias das três freguesias, a presença de alguns “cromos” para almoçaradas com os deputados municipais!
Aliás, seria algo completamente novo, que também permitiria decerto dar a conhecer à população a actividade dos seus deputados, as suas ideias e a sua defesa intransigente pelo melhor para a sua terra! Bem, mas para isso não seriam necessárias almoçaradas nem a presença de cromos, bastando alimentar a nossa imaginação.
Na minha opinião, as assembleias municipais e de freguesia, na generalidade dos concelhos em Portugal, são muito “escondidas”, muito “cinzentas”, e se há uns anos atrás, mais precisamente, em 2001, numa sessão da assembleia municipal em Monchique, ouvi o Presidente da Câmara, realçar, e muito bem, que todos os slogans políticos para a campanha eleitoral nas eleições autárquicas realizadas nesse ano, revelaram mensagens pró-Monchique, como a “habitué”: “Por Monchique!”, nada como acções inovadoras que dêem a conhecer a actividade, o que pensam e o que defendem os representantes dos cidadãos!
Muitos poderão dizer que não tem interesse, ou que “tenho mais do que fazer”, mas nada como tentativas para que “o sonho comande, efectivamente, a vida”, porque se este tipo de instituições é mais conhecido pelos “pares de chifres”, pelas faltas e “soninhos” dos deputados, então que também sejam dadas a conhecer à população acções quer visem o habitué:
“Por Monchique!”
E caso eu, muito humildemente, pudesse indagar de algo completamente novo, decerto que não proporia um almoço com o Presidente do Glorioso SLB, com glórias do maior clube Português e com o seu Director Desportivo…
Que não deixa de ser uma excelente ideia, mas fora do âmbito das instituições referidas.
Talvez um dia, aquando da inauguração da Casa do Glorioso SLB no Concelho de Monchique!

Para terminar, tendo em consideração o objectivo deste espaço em referenciar sempre que possível, os “loucos” anos 80 em Monchique, devo confessar que o recente falecimento de Michael Jackson, de quem nunca fui grande fã, mas de quem tenho de reconhecer que se tratou de um ícone da música Pop mundial, me fez recordar um programa na Rádio Fóia, da minha autoria e do Marco Águas, em 1988, denominado “Brisa Nocturna”, com a presença habitual de uma música de MJ, muitas vezes também utilizada para o sempre esperado momento de “slows” nas matines da Sociedade, no Clube e no salão do Sr. Padre, “Human Nature”!
Despeço-me com um trecho dessa música:
“If this town Is just an apple Then let me take a bite”

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