sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Nostálico 9

Escrever esta edição com a paisagem da Picota à minha frente transforma estas linhas em algo de especial, por serem as primeiras, sob a forma de Nostálico, escritas na minha terra.
Férias! Logo que chega o 1ºdia de férias, a placa em Lisboa com indicação do Algarve torna-se no “monumento” mais importante da Capital, e facilmente são esquecidos os pastéis de Belém, os jogos do Glorioso Benfica na Catedral da Luz (temos equipa e com um optimismo saudável, pedindo as devidas desculpas aos meus amigos lagartos e aos poucos amigos tripeiros, podemos encomendar as faixas de campeões!), as pataniscas do Painel de Alcântara e as lamejinhas de Alcochete.
Enfim, férias são férias, conjugadas com um período de permanência em Monchique, umas idas à praia e rever bons velhos amigos é como retemperar todas as forças para o último terço do ano, objectivos para cumprir e planeamento de 2009.

Esta época do ano também serve para pôr a leitura em dia, e alguns dos livros que me fizeram companhia nos últimos tempos levaram-me a relacioná-los com Monchique, sentido necessidade de utilizar o Nostálico para convosco partilhar esses pensamentos/ideias.

Desde sempre que a leitura de um livro desperta em mim uma vontade enorme em viajar e conhecer pessoalmente alguns dos locais referenciados nessas obras.
Ainda no início das férias, após leitura do “Comboio Nocturno para Lisboa”, fiquei com curiosidade por visitar Berna, na Suíça, e alguns locais em Lisboa, que por muito estranho que possa parecer, ainda tem a faculdade de, após 17 anos a viver junto daquela cidade, “esconder” locais do nosso conhecimento.

A leitura do livro “Equador” de Miguel Sousa Tavares (com quem apenas discordo totalmente na defesa que faz do clube de futebol das Antas, esse clube dirigido pelo Papa Português, e que não se livrará de ser para sempre considerado, nos anais da história desportiva, e não só, como um clube corrupto!), prometi a mim mesmo que tudo faria para um dia deslocar-me a São Tomé e Príncipe (com alguma sorte ainda poderia encontrar um “Sebastião” qualquer capaz de mostrar os locais mais ocultos daquele arquipélago!).

Mas o que mais me deixou a pensar em como um livro (de preferência Best-seller!) pode ajudar na promoção de um local, vila, região e até mesmo de um pais, foi o livro “Anjos e Demónios” de Dan Brown, que por razões profissionais permitiu-me a sua leitura na semana que antecedeu uma viagem a Roma.
Não existe nada mais fantástico que passar pelos locais da acção de um livro.
Comparar Roma com Monchique é impossível, porque naturalmente que a cidade de Rómulo e Remo tem muito menos interesse que a Vila de Mons Cicus, o Coliseu de Roma é menos interessante que o Convento de Monchique, a Via Veneto é inferior ao Porto Fundo, o fórum romano mais pobre que o Mirante, e é escusado falar nos Imperadores Romanos, nomeadamente Júlio César, ou até mesmo no “Duce” Mussolini!

O que eu não daria para ler um romance com acção vivida em Monchique, que incluísse perseguições no seu centro histórico (Ainda espero vê-lo sem circulação automóvel!), entre as ruas e ruelas da nossa majestosa vila, encontros secretos no tanque do povo, jantares palacianos no “castelo” e porque não, encontros casuais no meio dos sobejamente conhecidos sobreiros junto do Campo de Futebol do Glorioso JDM, vulgo Campo da Bola?
A acção do romance também poderia contemplar, à imagem da referida obra “Anjos e Demónios, passagens por Ayamonte (para se vender nos Estados Unidos de Castela e Leão! Como sabem, os Castelhanos sem uma referência à sua terra pouco ligariam a este best-seller, ou não fossem eles capazes de dizer que Di Stefano foi o melhor jogador de futebol do mundo, e dos melhores de Espanha!), Mossoró (insisto, merece uma deslocação a esta linda cidade do nordeste brasileiro, provocando na história algo de novo na vida quotidiana de Monchique, que seria a inclusão de uma personagem brasileira), Marioila (referenciado como o local da Máfia Monchiquense!), Nave Redonda (para reforçar a imagem da estrada de Sabóia como a nossa “Route 66”), futuro parque solar fotovoltaico de Monchique (Tenho fé! Tal como na futura casa do Benfica! Se o clube de futebol das Antas tem uma casa em Portimão, porque não uma casa do Glorioso no nosso concelho?) e Autódromo Internacional do Algarve (Ora! Ai está um empreendimento que pode, a par desta presumível obra, catapultar Monchique para os “circuitos mundiais”!).

Nunca se sabe, e desde que a obra fosse um sucesso, imaginem a quantidade de curiosos que começariam a procurar Monchique e seus locais na obra referenciados!
Um amigo disse-me que o Nostálico seria um passo para um Blog e para um futuro livro! Sobre o Blog, está fora de questão, porque não gosto desse universo, mas sobre um futuro livro ai está uma ideia para concretizar. Obviamente que seria necessário mais tempo, mais qualidade literária e uns apoios financeiros da Perfeitura de Mossoró, da FIA, do Glorioso SLB e da Apisolar.

Mais importante que tudo é aproveitar as férias para os motivos que invoquei no início, e se me permitirem, aproveitando os ventos de feição, despeço-me dos estimados leitores a 80 nós…

Sem comentários: