segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O Nostálico 4

Se existiram maravilhas no último Nostálico que tive na dúvida se devia ou não colocar nas sete mais, uma delas foi a Cozinha de Monchique recheada de pratos deliciosos e bons para o Castrol como diria o amigo dos bodes respiratórios...

Acreditem que neste momento escrevo estas palavras um pouco “assustado”, após leitura atenta do último JM.
Isto porque se associarem as lembranças, que entretanto já tinha escrito, ao texto do Sr. Carriço sobre a “morteporco”, podem parecer plágio!
Sim, porque estava eu radiante a imaginar uma matança do porco, as filhós, o café, a aguardente de medronho e as BESNAGAS, tentando fazer destas lembranças algo enquadrado na vida ainda curta do Nostálico, e de repente sou “obrigado” a refazer os meus textos.
Não tem mal!
Num jogo de Golfe, quando a bola fica a poucos centímetros do buraco, e tratando-se de um jogo de cavalheiros, é costume dizer-se:
- Está dada!
Talvez faça o mesmo, e não apague alguns dos seguintes textos, proporcionando assim aos leitores duas perspectivas das famosas Besnagas!
Obviamente, sem comparação! Até porque “este” último “O Sabor da Vida” foi dos textos que mais prazer me deu em ler nos últimos tempos. Espectacular descrição!
No entanto, e de uma forma cómica, porque outra coisa não seria de esperar deste maluco suplemento:
- Nada se aproxima ao prazer de uma viagem de Portaro para a Marioila, e comer uma boa “pratada” de Besnagas!

Mudando de agulha! Rouxinol Faduxo e Anjos na Feira dos Enchidos? Falta a música popular Portuguesa!
Recordo-me agora do famoso Hit dos anos 80, passado há dias atrás no 80 à Hora, Autocarro do Amor!
“É o autocarro do amor,
Logo respondeu o revisor:
O desdobramento vem lá atrás!”
E ponto final, nada havia a fazer durante três anos esperando a “camioneta da carreira” à frente do Posto da GNR…

Enfim, vamos ao que interessa e passemos a alguns dos textos escritos anteriormente à leitura do JM.

Recorda-me com nostalgia alguns “acepipes” próprios da nossa terra, como por exemplo a Tiborna! E pela Tiborna se inicia esta listagem de iguarias.

Tiborna – Pão a sair do forno, azeite, sal e alho.
O que custa mais é tentar fazer em Lisboa uma boa tiborna, com pão saído do forno (em todas as padarias designado por pão alentejano! As padarias em Lisboa com pão alentejano fazem-me lembrar as padarias dos Portugueses em São Paulo com pão de queijo!). Nada se compara ao “nosso pão”!
Peço desculpa, mas vou interromper esta escrita para testar mais uma vez a minha tiborna! Cada vez respeito mais o meu estômago, e recuperando uma frase bem verdadeira:
“Ninguém consegue fazer nada com o estômago vazio”

Gemada
Alguém bem próximo do Nostálico diria:
“Eu sou guloso, mas a gemada é mais gulosa.”
Potente! Já não se fazem gemadas como antigamente…
Idêntico à Gemada só mesmo um Redeye, por Flanagan no filme Cocktail (Anos 80! Não falha…).

Besnagas
A 1ªcarne retirada do Porco, num dia de “matança”, a ser cozinhada para os valentes homens que ajudaram em todas as fases desse glorioso momento, designada por besnagas, era uma delícia!
“Morteporco” e “Destilas” de Aguardente de Medronho deveriam ser consideradas como “Tradições Protegidas”, à semelhança de áreas naturais protegidas ou monumentos nacionais!
Dado que estão na moda as “Ipetitions”, vou lançar uma que ficaria bem ao lado de “Volta Figo à Selecção” e “Regressa Maestro Rui Costa”:
“Protejam a morteporco e as destilas de aguardente! Assine por baixo e será convidado para ambas, na sua próxima realização, no sítio do Selão, na Maria do Trotil.”

Doce Branco
Sei que não existe apenas em Monchique, mas neste momento não quero saber! Depois de um bom prato de besnagas, duma boa tiborna (com pão de Monchique!) ou até mesmo para companhia de uma potente gemada, nada como três ou quatro “frutas”, ou “presunto”, ou “queijo” de doce branco.

Besnagas, autocarro do amor, gemada, tiborna e medronho!
“Ganda Nóia!” Já dizia o pequenito antes de ser corrido pelo autarca de Gaia.
Isto hoje não correu nada bem!
Talvez na próxima retome a temática de locais, festivais ou programas nacionais à escala Monchiquense.

O melhor é mesmo sair de fininho a 80 km/hora.

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