quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Nostálico34

No fim-de-semana passado, aproveitando para não recordar os últimos episódios no meu clube, o tal que é o maior do mundo, além das maças que os adeptos leoninos enviaram “carinhosamente” para o seu antigo capitão, que deixou de tomar o seu pequeno almoço junto do autor deste texto na “mui nobre” aldeia da Atalaia, para beber um “cimbalinho” em Rio Tinto ou Gondomar antes da deslocação para o Olival, despertou-me à atenção no jogo entre o 2º e o 3º maior clube de Portugal, os movimentos (“saltinhos”) do treinador do Clube das Antas, que já tinham sucedido no jogo em Guimarães, movimentos esses que me fizeram lembrar um macaco chinês aos saltinhos!
Dado que não me parece justo associar a sua imagem à do melhor treinador do mundo, José Mourinho, julgo que esta associação é mais feliz, podendo até pensar-se nele em cima do ombro do “Marco”, à procura, não da sua mãe na Argentina, mas de novos jogadores (ou “jogadoras”!) para o clube do apito dourado.
Começo a ficar seriamente desconfiado que aquela malta é “obrigada” a beber alguma poção mágica, quando entra no mundo misterioso do Olival…

Por falar em macaquinho chinês, no final dos anos 80 em Monchique iniciei a minha pequena formação musical, aos sábados de manhã, na escola de música do Sr. Correia, na companhia dos meus amigos Rui Chaparro e Rui Marques, que mais tarde também me acompanharam na “Casa Ruvina” em Portimão, onde ficava enumeras vezes vidrado num orgão “Elka” de dois teclados.
Mas foi com o Sr. Correia que aprendemos os primeiros acordes, a arte de cantar os intervalos musicais (solfejo), e com quem tocamos pela primeira vez as músicas do “Órgão mágico”.
Inesquecível a 1ªmúsica tocada, “O balão do S. João”, e as actuações do trio maravilha, ao nível dos 3 tenores, Pavarotti, Domingo e Carreras, nomeadamente com o “rigolleto” “La Donna è mobile” de Verdi…
A relação do macaquinho das Antas com esta lembrança deve-se ao facto do Sr. Correia utilizar naquela data a imagem assustadora de um “velho chinês” quando o seu filho Ruben resolvia nos distrair com as suas diabruras.
(Um grande abraço para o Sr. Correia e para o Ruben)
Enfim, pela impossibilidade da existência, à data, de aulas de educação musical no antigo ciclo preparatório sito no largo em frente ao Mirante, onde hoje reside um parque de estacionamento, e também na C+S de Monchique, ficou a cargo do Sr. Correia, pelo menos para este restrito grupo de miúdos Monchiquenses, a formação musical adequada.
Também pela inexistência de educação física durante o mesmo período, foi no velhinho pelado do JDM, durante os treinos de iniciados, juvenis e juniores deste clube, que muitos jovens substituíram esta vertente tão importante do seu crescimento.

Depois da habitual crónica sobre a telenovela dos Andrades e das recordações da aprendizagem de música em Monchique, nada como o regozijo, ou não, da aprovação do orçamento de Estado para 2011, sendo que, ninguém está livre da chegada do “Tio” FMI, como muito bem o caracterizou o economista João Duque, e aproveitarmos para uma passagem pelo sapateiro, de forma a que este aumente um furo no já agastado cinto do povo trabalhador (Calma, amigo Edu! Por falar em povo trabalhador, e também pela barba à Guevara, nada me impede de também questionar como estaria o nosso Portugal se não tivesse ocorrido o atentado de Camarate, que vitimou Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, agora que passa mais um aniversário dessa infeliz data?).

Hoje não me despeço a 80Km à hora, mas sim a 90Km/h, porque na procura de temas dos Oasis no “Youtube” redescobri novamente excelentes temas dos “The Verve”, como “Lucky Men” e “Sonnet”, e sugiro que os oiçam, porque são hinos da última década do século passado…

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