quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Nostálico37

No Rio de Janeiro aproxima-se o Carnaval do Rio com as escolas de samba a desfilarem no sambódromo, em Hollywood chega nos próximos dias a noite dos Óscares, e o desfile de estrelas na passadeira vermelha (também numa edição anterior supôs-se a entrega de “Óscares” em Monchique, e até das 7 maravilhas do nosso concelho…), na Catedral da Luz disputa-se a meia-final da Taça da Liga entre o Glorioso SLB e o vizinho da 2ªcircular, que ontem “levou duas secas” em Alvalade, junto ao Lidl, e também na Catedral da Luz disputar-se-á a 2ªmeia-final da Taça de Portugal com a equipa das Antas (onde também “levaram duas secas” na 1ªmeia-final desta taça…).
Mas, em Monchique, aproxima-se o fim-de-semana da Feira dos Enchidos, onde além dos famosos enchidos, poderemos provar a nossa aguardente de medronho, o mel e um conjunto de pratos típicos servidos nos restaurantes locais, para os dignos visitantes degustarem.
Os espectáculos musicais, não sendo propriamente do agrado de quem “levou” com Quim Barreiros em todas as semanas académicas da década de 90, vai decerto agradar a quem não perderá a oportunidade para “pôr o carro, tira o carro na garagem da vizinha”, ver a “Cabritinha”, e ser um verdadeiro “mestre de culinária”…
Enfim, que o São Pedro esteja com o nosso certame, e que a apregoada crise passe depressa, para que muitos de nós ainda possam visitar a feira dos enchidos num futuro pavilhão construído para o efeito, e não só.

Numa discussão informal de há uns tempos atrás sobre as ruas de Monchique, onde naturalmente defendia a “minha” rua Serpa Pinto, a mais extensa rua de Monchique, imaginei como seria uma conversa entre Serpa Pinto, Calouste Gulbenkian e o Engenheiro Duarte Pacheco.
Não duvido que pelo carácter explorador e aventureiro de Serpa Pinto, este avançaria com uma proposta à empresa que pretende “estragar” a encosta sul da Picota com uma exploração mineira, para que com ele fizessem um expedição entre a Foz do Vale (Alferce) e a Benafátima com o objectivo de encontrarem feldspato ou até mesmo ouro, e quiçá petróleo, nessas encostas e vales sem presença humana, e sem grandes riscos de impacto ambiental e paisagístico, ou no limite bem inferiores onde não podemos ver destruída a nossa serra!

Já Calouste Gulbenkian ofereceria algum do seu espólio para o museu de Monchique, que ao descobrir a sua inexistência, verificaria de imediato uma série de edifícios degradados e abandonados na nossa vila (até mesmo no Largo dos Chorões), capazes de receber não só esse espólio, como tantas outras peças que fariam a delicia de quem nos visitasse. No entanto, ficaria triste por o seu nome estar associado a uma rua em Monchique que invariavelmente “levava” grandes “coças” da sua vizinha Rua Serpa Pinto nos torneios de futebol de rua nos anos 80! De imediato, Serpa Pinto convidaria Calouste Gulbenkian para a sua expedição nas serras a norte de Monchique, e tudo ficaria muito bem, acrescido de um convite para participarem numa “estila” local.

Por último, o Engenheiro Duarte Pacheco solicitaria um parecer para uma grande obra, mas entendendo que esse parecer faria parte de uma “soap-opera” sem final à vista, atiraria o mesmo para o lixo e recordaria as suas obras no inicio do “Estado Novo”, e como elas ainda perduram, para convencer os habitantes de Monchique que se uma ponte entre a Picota e a Fóia podia ser considerada megalómana e sem grande utilidade (à imagem do seu colega da ordem dos engenheiros com nome de filosofo grego, que teima na construção de um conjunto de obras sem grande necessidade para o período em que vivemos), o eventual aumento da sua rua em Monchique, ou a viabilização de outro acesso à Fóia podia reservar para “outras núpcias” a construção de um merecedor e verdadeiro acesso à Picota, que tanto reclama com a sua irmã de 900 metros a discriminação a que sempre foi reservada.

Serpa Pinto e Calouste Gulbenkian acalmariam a tendência de fazer obra de Duarte Pacheco com o natural convite para os acompanhar na referida “Estila”. Com alguma sorte, a história ainda os permitiria assistir ao concerto do grupo Sete Saias na Feira dos Enchidos deste ano.
Despeço-me até à próxima, e a 80 à hora, com um cumprimento especial para a Geração de Feldspato. Perdão! De “oiro”…

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